
As facções e milícias oprimem e exploram os favelados
Fabiano Lana
Estadão
Se há um calcanhar de Aquiles eleitoral na esquerda é a questão de como combater a criminalidade. Se fizermos uma generalização de como pensam esses militantes, a ideia é que o pequeno criminoso só age de maneira violenta porque não tem opções nem perspectivas de vida. Seria vítima de um sistema injusto que alimenta a desigualdade.
Um dos grandes problemas desse tipo de avaliação é o elitismo alienante. Até porque, nem mesmo as pessoas mais pobres, que vivenciam as dificuldades sociais, concordam com a tese. Ao contrário.
BRASIL REAL – A pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira, 31, coloca mais luz sobre o problema. De acordo com a sondagem: 88% dos entrevistados que moram em favelas no Rio de Janeiro aprovaram a megaoperação ocorrida esta semana no Rio de Janeiro. O dado é avassalador.
Nem mesmo as 120 mortes foram suficientes para fazer os moradores das comunidades rejeitarem o trabalho policial. Não consideram seus “vizinhos” mortos como vítimas da sociedade.
Um detalhe: 70% dos moradores das favelas consideraram “inapropriado” o minuto de silêncio solicitado pelo ministro Guilherme Boulos pelas vítimas da operação carioca.
ALIENAÇÃO – Ou seja, muita gente, muitas vezes do conforto de seus lares de classe média, de bairros ricos, de cafés afrancesados, quer ensinar como os que sofrem com o problema devem lidar com ele.
Talvez só quem não experimenta diretamente a questão pode vir com teses generalizantes como “o traficante é vítima”, “ele roubou o celular para tomar uma cervejinha”, “nós, ricos, precisamos pagar o pedágio da desigualdade brasileira”, dizem, na arrogância de não sentir a questão na pele e dar lições sobre o assunto.
BOBAGENS – Quem é de esquerda acredita, em geral, que as sociedades humanas são desiguais e injustas, e os oprimidos pelos mais poderosos – os antigos escravos, os atuais assalariados, os informais – devem ser liberados, seja por meios pacíficos, seja pela violência revolucionária.
O traficante, no final das contas, estaria em linha direta com sua ascendência escrava e teria direito à redenção. Sua periculosidade, portanto, se justificaria. Confiram como há uma série de obras de arte, seja no cinema, na música, na literatura, que corroboram essas hipóteses do bandido-herói.
O quase silêncio constrangido do governo petista em relação à megaoperação tem razão de ser. É um tema que os deixa acuados. A direita – mesmo com toda a hipocrisia que sempre acompanha os temas morais – tem a linguagem que a maioria da população aprova quando se trata de crimes: que venha o castigo.
LIÇÃO DE VIDA – Nada de compreensão, nada de análise sociológica, nada de tentativa de realizar os fatos. É a vida como ela é. A pesquisa Atlas também mostrou que a maioria dos brasileiros quer ver operações como essas repetidas.
A questão, entretanto, é que há chance de todas essas operações estarem combatendo as consequências do problema, não a sua causa. Afinal, o dinheiro do tráfico não brota do chão. Há milhões de pessoas dispostas a gastar muito para comprar um produto ilegal. E há outras milhares dispostas a matar e morrer para entrar nesse negócio.
Até hoje, as guerras às drogas, que ocorrem de maneira até mundial, fracassaram. Os EUA e parte da Europa Ocidental partiram para tentativas de legalização, mas os resultados seguem inconclusos.
“🎥 OPERAÇÃO NO RIO — RITUAL DE DOMINAÇÃO PÚBLICA.”
“Neste vídeo, exploramos a operação no Rio de Janeiro sob um ângulo que vai além da narrativa oficial de “combate ao crime”.
Revelamos como estas ações funcionam como rituais de dominação coletiva, projetados para reforçar o medo, controlar territórios estratégicos e recalibrar o comportamento social através da intimidação.
Falamos sobre o uso simbólico da força, da presença militar e da cobertura mediática como instrumentos de engenharia emocional e política.
⚠️ Nem toda guerra é contra o crime — algumas são contra a consciência.”
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“🎥 OPERAÇÃO NO RIO — RITUAL DE DOMINAÇÃO PÚBLICA.”
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Só não aplaude a esquerda que é a favor dos manos
Em qualquer guerra é assim: Quem se rende , vive.
Quem resiste, morre.
Querer ter vida “digna” e farta em cima da desgraça alheia, nunca vai se poder chamar a isso de “justiça social”.
Que vende qualquer substância que vá viciar ou até mesmo aniquilar com a dignidade de alguém, jamais poderá ter defensor, muito menos em governos constituídos.
Defender traficante, sobre qualquer hipótese, é tornar-se conivente, cúmplice ou omisso.
Qualquer palavra em defesa de quem espalha
“venenos” entre semelhantes, é altamente lamentável e condenável.
Adendos, em:
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