
Dirceu fará a atualização do documento programático da legenda
Deu na Folha
O ex-ministro José Dirceu diz que o PT precisa atualizar seu programa político para incluir as mudanças tecnológicas e geopolíticas da última década, mas sem perder a essência socialista. Na última segunda-feira (17), ele foi nomeado coordenador de um grupo de trabalho que fará a atualização do documento programático, espécie de bússola política do partido para os próximos anos.
A última versão é de 2016, antes de surgirem temas como o poder das big techs, a uberização do mundo do trabalho e a ascensão da extrema direita no mundo. “Temos de posicionar o partido para as próximas décadas e decidir como lidar com o novo poder da China, os Brics, a nova maneira de atuação dos EUA no contexto do governo Trump, as novas formas de trabalho, entre outros pontos”, diz Dirceu.
FIGURA HISTÓRICA – O ex-ministro deverá apresentar sua proposta no congresso do partido, marcado para abril do ano que vem. Ele foi escolhido para o cargo pelo secretário-executivo do congresso, o deputado federal Jilmar Tatto (SP), por ser uma figura histórica dentro do PT.
O documento que Dirceu coordena não é pensado para conter propostas específicas para o programa de governo de Lula em um eventual quarto mandato, que serão objeto de outro grupo de trabalho no congresso. Entre os pontos a serem debatidos pelo grupo coordenado pelo ex-ministro está inclusive a identidade ideológica do PT —se seguirá sendo um partido socialista ou vai se aproximar mais da social-democracia.
Para Dirceu, não deveria haver mudança no caráter socialista. “Esse é um assunto que sempre volta ao debate no PT. Eu particularmente não vejo razão para alteração”, diz. Ele pretende promover seminários e reuniões presenciais e online para debater os pontos do novo documento. “Vai ser um documento debatido de baixo para cima”, diz.
Como etapa, o que interessar à Khazaria, ora pois….
“Um museu de grandes novidades”.
Dirceu, o homem de confiança de quem?
Daquele que sai de fininho, nåo pode ser!
https://youtu.be/gvN_wFbvixw?si=oE1hO40qVZyi3rNL
“…O PT (partido das trevas). é um partido de esquerda, socialista’, afirma José Dirceu
“O petista José Dirceu defendeu no Congresso, uma ‘revolução social’ no país incluindo ‘desconcentrar a renda, a riqueza e a propriedade’
Ministro diz que ele e o PT são socialistas
Falar das divergências com Cuba, afirma Dirceu, é como criticar um pai que tem defeitos graves
DA REDAÇÃO
O gabinete do ministro José Dirceu, no quarto andar do Palácio do Planalto, revela na decoração parte de sua história política e afetiva. Atrás de sua mesa, apinhada de papéis, além da fotografia oficial do presidente da República, peça obrigatória em todos os ministérios, há outras três fotos, lembranças pessoais.
Uma delas mostra o ministro, de braços erguidos e punho cerrado, abraçado ao presidente no dia de sua posse. Outra, de 1985, exibe Lula e Dirceu abraçados, ambos de barba, 18 anos mais jovens, na Assembléia Legislativa de São Paulo. A terceira, na verdade uma sequência de três pequenas imagens emolduradas, mostra o ministro com o ditador Fidel Castro, em visita a Cuba, onde Dirceu viveu no exílio, no ano de 2000.
Dirceu, que reafirma ser socialista, diz que o constrangimento que sente em criticar o regime cubano, com o qual não concorda, é semelhante ao de um filho que precisa apontar os defeitos do pai que o criou. (FBSI)
Folha – O sr. foi comparado a Sérgio Motta. O que acha disso?
José Dirceu – Eu sempre fico indignado quando dizem que eu sou o sombra. Primeiro porque eu sempre fui eleito. Até presidente do PT eu fiz questão de ser eleito diretamente. A eleição era indireta e nós transformamos em direta. Fui deputado estadual, federal. Perdi eleição para governador. Então, eu acho que é desrespeitoso. Agora, fui amigo pessoal do Sérgio Motta, portanto não me sinto ofendido pela comparação.
Folha – O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que fez a comparação, era amigo também.
Dirceu – Ele disse até mais, que o Sérgio Motta parecia ingênuo perto da minha pessoa. Acho que não procede. Fui deputado estadual e federal, Sérgio Motta não foi. Fui presidente e secretário-geral de um partido, Sérgio Motta não foi. A única coisa em comum que temos é que ele foi empresário e eu fui também, mas fui empresário na clandestinidade.
O que o Sérgio Motta tem a ver com o Congresso Nacional? Eu tenho a ver. Muito. O que o Sérgio Motta tinha a ver com a esquerda? Com a esquerda hoje? Eu fui para a luta armada, ele não foi. Há muita diferença. Respeito a memória e a família dele e não faço nenhum comentário. Detesto ser deselegante, deseducado. E, falar que nós queremos ficar 20 anos no poder… o PT já deu provas de que perde governo e volta depois. Nós somos de esquerda, de esquerda democrática e socialista. Não temos vocação autoritária.
Folha – O sr. é socialista?
Dirceu – Eu sou. O PT é um partido socialista. É evidente que o socialismo vive uma crise grave. Houve uma experiência socialista no mundo. Ela fracassou. Modelos inclusive que se tornaram modelos autoritários. Então nós temos um acerto de contas que temos que fazer com a história. Agora, eu sou de um partido que não é marxista-leninista, felizmente. Não é um partido que tenha participado de uma concepção socialista autoritária. Nós não estamos fazendo um processo socialista, nós estamos sendo transparentes com a sociedade brasileira. Aliás, eu falei isso e paguei por isso. Ninguém do PT tem disposição para ficar renegando o socialismo e as idéias socialistas.
Folha – O sr. tem um relação afetiva com Cuba e com Fidel. Mas é uma ditadura. Como fica?
Dirceu – Mas aí é o mesmo que não gostar de uma música por causa do autor, não gostar da comida por causa da cozinheira. É absurdo. Não sou reacionário. Cresci numa família democrática. A pior coisa que tem é você não gostar do Nélson Rodrigues porque ele era do Fluminense ou porque era de direita. Sou apaixonado pelo Brasil. Aliás, sou brasileiro por opção. Fui cassado e banido, voltei aqui, coloquei minha vida em risco para viver no meu país, não conseguia viver fora.
Então tenho autoridade para dizer que eu gosto de Cuba, do país, do povo de Cuba. Sou devedor. Não vou renunciar nunca a isso. Tenho amigos no governo de Cuba. Agora, isso quer dizer que eu concordo? Claro que não. Tenho constrangimento em falar das minhas divergências com Cuba? Tenho. Como o filho tem de um pai que o criou mas que tem defeitos graves. Então eu tenho constrangimento em falar, procuro não falar. Mas não quer dizer que eu concorde. Aliás, já falei que não concordo várias vezes em público. Só tenho constrangimento.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1304200319.htm
“”Agora, fui amigo pessoal do Sérgio Motta, portanto não me sinto ofendido pela comparação.
Aqui é aquele momento “love story”, as briguinhas entre os irmãos demõnios comunas é apenas para desviar o foco…
E ainda tem filho da catapulta que diz que o PSBandido é um partideco de “direita”….
*** PSDBandido….
Assumiu o comando do crime.