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Bolsonaro articulou para que briga na família fosse encerrada
Gabriel Sabóia
O Globo
A escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência em 2026, feita por Jair Bolsonaro (PL), contou com uma ordem para que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não se opusesse ao nome do enteado, com quem protagonizou uma briga pública no início da semana. Michelle foi avisada da decisão na última quinta-feira, durante visita à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Bolsonaro está preso.
Dias antes, o ex-presidente havia notificado o filho sobre a decisão e feito um pedido: para estancar a crise familiar gerada por divergências quanto à aliança costurada para o governo do Ceará. Qualquer negociação com Ciro Gomes (PSDB) estava suspensa, e Michelle receberia um pedido formal de desculpas, além de aumentar seus poderes na Executiva Nacional do PL.
TRÉGUA – Ao contar para Michelle que Flávio seria lançado como pré-candidato, Bolsonaro pediu que a esposa não se opusesse à costura feita por ele, e não voltasse a protagonizar brigas públicas com seus filhos. Em ato paralelo, Bolsonaro fez chegar ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, um aviso para que a ala do partido mais próxima ao dirigente, e que já se opôs às suas decisões, aceitasse Flávio como candidato.
Valdemar repassou aos seus aliados que acataria a decisão do ex-presidente. Em publicações, Michelle e o dirigente endossaram a escolha por Flávio e transmitiram a mensagem de que o partido está “unido”.
Valdemar publicou uma nota oficial confirmando que Flávio é o nome indicado por Jair Bolsonaro para representar o partido na disputa presidencial. Na nota, o presidente do PL afirma que o senador comunicou pessoalmente a decisão do ex-chefe do Executivo. “Se Bolsonaro falou, está falado”, escreveu. Michelle compartilhou a publicação e desejou sucesso a Flávio.
NOVA MISSÃO – “Que Deus te abençoe, Flávio nesta nova missão pelo nosso amado Brasil. Que o Senhor te dê sabedoria, força e graça em cada passo, e que a mão d’Ele conduza o teu caminho para o bem da nossa nação”, afirmou.
A reconciliação entre Flávio e Michelle teve pedido de desculpas e momentos de choro e reza entre os dois. Bolsonaro disse ao filho que não aceitaria complô contra a esposa. Flávio pediu desculpas à madrasta e ouviu que ela não gostaria de ser novamente desautorizada publicamente pelos filhos de Bolsonaro.
NEGOCIAÇÕES – O senador afirmou que vai começar as negociações em prol de sua candidatura à Presidência da República e pediu que “todas as lideranças anti-Lula” se movimentem pela aprovação da anistia aos condenados pela tentativa de golpe.
“O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano! Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a direita”, escreveu em seu perfil no X, numa referência ao recesso de fim de ano do Congresso.
APOIO DE MILEI – Em outra publicação, o senador conclama pela libertação do pai, que está preso desde 22 de novembro em Brasília. “Para libertar o Brasil, precisamos libertar Jair Bolsonaro e os inocentes do 8 de janeiro! O Brasil ainda tem jeito”, publicou.
O presidente da Argentina, Javier Milei, republicou uma postagem sobre a pré-candidatura do senador. A reação de um dos principais líderes da extrema-direita sul-americana e aliado da família Bolsonaro foi em uma publicação do irmão de Flávio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na rede social X, o parlamentar que vive nos Estados Unidos publicou uma imagem sobre a confirmação da iniciativa do irmão.
Logo após o anúncio, a deputada argentina Maria Celeste Ponces também se manifestou nas redes. Com a frase “Deus, pátria e família” escrita em seu perfil oficial, ela destacou que Flávio é um “herdeiro coerente” do cargo e representa “uma oportunidade histórica de retornar ao caminho da ordem, da liberdade e da defesa da família”.
Escolha de Flávio mostra que prioridade do ex-mito é manter a franquia familiar
O ex-mito frustrou quem esperava que ele entregasse seu espólio de votos a um político com outro sobrenome. Na sexta-feira, ele informou à praça que o candidato é o Zero Um.
Só quem não conhece o ex-mito acreditou que ele facilitaria o jogo para o consórcio que une os donos do PIB ao Centrão.
O ex-mito nunca deu bola a partidos, acordos ou expectativas alheias. Sempre agiu pela lógica do clã.
No poder, descartou e humilhou aliados que atravessaram o caminho dos filhos. Na cadeia, deixa claro que só confia na prole.
Flávio não é um pesadelo para o establishment por suas virtudes. Nem pela ausência delas.
O que amedronta são as pesquisas que apontam uma rejeição tóxica aos herdeiros do capitão.
Ao ungir o filho, o ex-mito mostra que sua prioridade não é derrotar Barba. O plano é evitar o fechamento da franquia familiar, mesmo que isso signifique perder a eleição de 2026.
(…)
Fonte: O Globo, Opinião, 07/12/2025 02h35 Por Bernardo Mello Franco
Nessas alturas nada escapa, o sistema jaz sob analitico grampo e asculta!
Fraqueza eleitoral de Flávio sugere novos capítulos à frente
Assim como o ex-mito, Flávio Rachadinha não tem experiência de gestão de coisa nenhuma, e, diferente do pai, não tem votação própria, depende do apoio dele para se eleger qualquer coisa.
Fonte: O Globo, Opinião, 07/12/2025 04h30 Por Merval Pereira
Flávio Rachadinha diz que tem ‘preço’ para que desista da candidatura a presidente
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 07/12/2025 | 13h42 Por Weslley Galzo e Victor Ohana (Broadcast)
Colocou a sua vaga de candidato à “venda”?
Ele está dizendo que quem quiser ser candidato com apoio do ex-mito terá que “comprar” a sua vaga? E que ela tem “preço”? É isso?
Acorda, Brasil!
Jair Bolsonaro , já deveria ter sido jogado e esquecido numa cela ” solitária ” e incomunicável dum presídio .