Lula agora quer eleições livres na Venezuela e opinião pública rejeita ditador Maduro

Lula e líderes estrangeiros propõem acordo para eleição na Venezuela

Pedro do Coutto

O presidente Lula da Silva, na reunião de Bruxelas, assinou o documento junto com os presidentes da França, Argentina e Colômbia defendendo a realização de eleições livres na Venezuela, o que não vem acontecendo há vários anos com as intervenções ditatoriais que afastaram candidatos da oposição do desfecho livre das urnas.

Uma pesquisa recente feita para o Palácio do Planalto revelou que a opinião pública brasileira rejeita intensamente a ditadura da Venezuela e, portanto, o apoio de Lula a Nicolás Maduro, o que acarretou uma perda sensível de pontos na popularidade do presidente da República.

OBSERVADORES – O documento de Bruxelas coloca também a questão da presença de observadores internacionais no país, o que não vinha sendo permitido pelo governo de Caracas. Os países que assinaram o documento pedem a suspensão das sanções econômicas contra a Venezuela desde que a disputa eleitoral seja justa, transparente, incluindo a participação de todos os candidatos que desejem disputar o pleito.

O processo, acentua o documento, deve ser acompanhado internacionalmente, assegurando-se, assim, um desfecho democrático. Acontece, entretanto, que o problema não é apenas da liberdade do coto, mas também da habilitação dos candidatos da oposição. No momento, por exemplo, o governo já habilitou a candidatura da ex-deputada Maria Corina Machado que está assumindo a liderança da oposição à ditadura de Maduro.

ASILADOS – A situação interna da Venezuela, em consequência de decisões ditatoriais, agravou-se com o passar do tempo, e a ONU calcula que sete milhões de venezuelanos  saíram do país, transferindo-se para vários outros da América latina e do Caribe, inclusive para o Brasil em que estão asilados 414 mil homens e mulheres.

O texto final decorreu de um consenso quase geral à exceção da Nicarágua do presidente Ortega. O apoio de Lula às eleições democráticas na Venezuela – reportagem de Ivan Finotti, Folha de S. Paulo desta quarta-feira – sucede uma série de manifestações favoráveis a Maduro. O texto conclui com um apelo à paz entre a Rússia e a Ucrânia.

SUPERÁVIT –  Reportagem de Vinicius Neder e Carolina Nalin, O Globo, destaca o resultado positivo da balança comercial brasileira no primeiro semestre deste ano, alcançando US$ 45 bilhões em decorrência, sobretudo, das exportações de grãos e de petróleo bruto. O Brasil figura entre os grandes exportadores de petróleo bruto, produzindo três milhões de barris por dia e consumindo 2,5 milhões, mas é deficitário na importação de produtos refinados como é o caso do diesel e da gasolina. Isso porque o sistema de refino nacional ainda não está preparado para produzir derivados da prospecção do pré-sal.

Finalmente, digo, está sendo destacado pela área econômica o superávit na exportação do óleo bruto. Portanto, toda vez que o mercado internacional apresentar aumento de preço, a receita externa brasileira cresce e a despesa com a importação de derivados aumenta também. A comparação é fundamental para que seja feita uma conta exata sobre o que o Brasil ganha e o que perde com as oscilações do preço dos produtos.

No governo Bolsonaro só era feita a conta do aumento da despesa, não se colocando o acréscimo da receita. Agora, o cálculo conservador feito para justificar aumentos da gasolina, do diesel e do gás liquefeito é substituído por um cálculo realista. Irá, portanto, influir no cálculo da inflação.

TECNOLOGIA –  Numa entrevista a Sonia Racy, O Estado de S. Paulo de ontem, o empresário Waldir Beira Júnior, presidente da Ypê, afirma que a tecnologia não pode viver sem as pessoas e por isso, acima de tudo, há cabeças humanas que decidem o que a máquina vai fazer, inclusive no setor da Inteligência Artificial.

Importante a matéria e inteligentes as colocações do entrevistado. A iniciativa do movimento produtivo ou de qualquer movimento depende da ação humana. Sem o cérebro humano, a tecnologia não funciona e, portanto, ela pertence ao comando das pessoas. A afirmação é importante, assim como foi a afirmação de Ruy Castro ao assumir a Academia Brasileira de Letras. Referiu-se à frase de que uma imagem vale mais do que mil palavras, mas as palavras são essenciais para definir e interpretar as imagens.

As observações através da palavra sobre qualidades e descobertas contidas nas imagens são fundamentais, inclusive para a plena compreensão das mensagens visuais e dos comportamentos humanos contidos nos cenários, como acontece no cinema.

7 thoughts on “Lula agora quer eleições livres na Venezuela e opinião pública rejeita ditador Maduro

  1. Fácil, é só emprestar, alugar ou vender via BNDES aquele milagroso sofftware, ora pois…..diria Nhô Vitor, meu saudoso avô materno e expert gozador e contador de causos!

  2. PROSTITUTA VELHA E CRIMINOSA DE 15 ANOS DE IDADE CHANTAGIA IDOSO INOCENTE! A pequena vagabunda ‘’di menor’’, cadela, criminosa, protegida pelos advogados do diabo do Congresso Nacional, juntamente com uma escória de maiores de idade, marmanjões do crime, armaram para um idoso de 75 anos, que poderia ter morrido de ataque cardíaco ou AVC. Tudo terminou bem, segundo Eleandro Passaia, do Balanço Geral Manhã, SP? Não, nada terminou bem, senhor Passaia, a não ser para os eleitos das Diretas-Já! Tudo precisa mudar nesse circo dos horrores de um Brasil amaldiçoado e apocalíptico das ‘’Diretas-Já’’! (L.C. Balreira).
    OUTRA DO ELEANDRO PASSAIA! Jovem é assassinado, pai agradece a Deus pela breve convivência que teve com o filho. Passaia: ‘’Que exemplo maravilhoso desse pai, não pediu justiça, mas agradeceu a Deus pelo convívio com o filho’’. Pelo amor da Ciência, como puderam em apenas 40 anos de Diretas-Já transformarem o Brasil nessa latrina religiosa fedida, putrefata, podre, em adiantado estado de putrefação? É isso aí, pessoal, continuam achando tudo normal, nada de novo no front do apocalipse brasileiro, assim, os Passaias, os Datenas, Sikêras, Bates, Marcões do Povo, e demais imbecis oportunistas ilimitados, apresentadores dos maiores circos de horrores do planeta Terra, equiparados somente aos horrores sanguinários da Antiga Roma. Esses apresentadores do apocalipse brasileiro enriquecem os bolsos há 40 anos, a partir das Diretas-Já, enchendo também os cofres da grande mídia brasileira drogada e prostituída! (L.C. Balreira).

  3. É difícil saber o que se passa na Venezuela; já reparam que todas as entrevista com venezuelanos são feitas pela mídia com pessoas da oposição.
    Quantas ditaduras sanguinárias esses mesmos países tem amizades e não as condenam, mas condenam a ditadura da Venezuela.

    Os EUA quando querem derrubar um governo promove embargos contra o país, o que leva o país a uma crise e o povo é a maior vítima da pobreza e da miséria. Com a insatisfação do povo, fortalece a oposição. Essa é a lógica.
    Os aliados dos EUA querem primeiro as eleições aproveitando a insatisfação de parte do povo, para depois termina com o embargo. Porquê não fazem o contrário, primeiro acaba com o embargo e depois às eleições?

    Sem eu saber o que se passa nos bastidores da Venezuela, creio que o problema da Venezuela, é ter uma das maiores jazidas de petróleo do mundo.

    • Caro Nelio Jacob,

      eu de vez em quando acesso os jornais de lá. La Razon é um dos jornais que gosto, devido às opiniões diferentes. Para exemplo, o artigo seguinte, o qual opina sobre a polêmica candidata presidencial Maria Corina Machado. : “Ratifico o que já disse várias vezes: na Venezuela não há crime de opinião e essa condição deve ser defendida acima de muitas outras necessidades e direitos, pois é essencial para a liberdade humana e cidadã. Em situações políticas como a atual, com governos autoritários e distante respeito aos direitos humanos e cidadãos, costumeiros violadores de suas próprias leis, opinar está se tornando o único direito que resta à sociedade.”

      https://larazon.net/2023/07/la-inhabilitacion-de-maria-corina-machado-i-opinion-i-luis-fuenmayor-toro/

      https://larazon.net/

      • Caro José Vidal,
        Não se pode confiar muito na mídia, em regra defende a linha da direita, apoiada pelo poder econômico e financeiro

        Nos anos 60, quem de outro país lesse um jornal brasileiro, com exceção da Última Hora, ia achar que Jango estava errado e iria defender o golpe de 64, que acabou se concretizando.
        O que nós tomamos conhecimento, são coisas superficiais e não nos fundamentos das coisas.
        Um forte abraço.

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