Livre-debate não pode aceitar participantes que tenham comportamento do tipo “robô”

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Charge do Alpino (Arquivo Google)

Duarte Bertolini

Contraditório, para mim, é a defesa de ideias diversas, com argumentos e fatos (se possível) ou então com valores e ideias. Aqui na Tribuna há muitos debatedores com um comportamento tipo robô, adotando posicionamento incondicional contra ou a favor de um dos ídolos polarizantes – Lula ou Bolsonaro.

Interessante é que todos os que não se alinham automaticamente a uma dessas duas maravilhosas opções a que chegamos no Brasil são imediatamente acusados de serem do outro lado, conforme a facção de quem está fazendo a crítica.

BARCA FURADA – Já disse muitas vezes. Eu era militante ativo do PT. Quando percebi a barca furada em que estava (pós 2002/2003) fui gradativamente abandonando a participação alinhada ao petismo, suas ideias e ideais.

Em 2018, votei em Bolsonaro pela convicção de que era necessário parar a soberba, a arrogância e a voracidade do PT. Foi outro erro de igual calibre, mas, pelo menos, interrompeu a consolidação da estrela no firmamento brasileiro.

Mas eis que na sua volta redentora, em 2022, tive a ilusão de que o PT e sua turma poderiam estar mudados e representar um prejuízo um pouco menor do que a continuação trágica de Bolsonaro.

NÃO APRENDEU NADA – Porém, como dizia Maluf, o PT “não esqueceu nada e não aprendeu nada”. A arrogância, a soberba, a militância agressiva e feroz, tudo isso continua ativo, e agora talvez mais azeitado, mais deplorável.

Bolsonaro está com seus direitos políticos cassados e, em consequência, com pouco poder e margem de manobra. Inclusive é réu de vários processos. Já condenado em um deles e com direitos políticos suspensos, é carta fora do baralho, pois a Justiça, a Polícia Federal e a imprensa não dão sossego, buscando lhe imputar os crimes praticados e também os imaginados…

Flávio Dino é ministro da Justiça e homem forte nessa política de vingança e terra arrasada contra quem ousou enfrentar a onda “democrática”. Seu papel é o de vingar Lula e livrar o PT de todos os dissabores, como se o ministro também fosse refém do passado petista. É pena.

15 thoughts on “Livre-debate não pode aceitar participantes que tenham comportamento do tipo “robô”

  1. Digamos que o texto-comentário contém certas críticas, digamos, que denotam uma certa mágoa.

    Críticas são saudáveis, mas devem, para serem úteis , indicar caminhos. Sim, essa polarização não é boa, porém o que podemos esperar de diferente.

    Nas duas últimas eleições votei em Ciro Gomes por entender que suas ideias em economia eram próximas do que eu pensava. Mas no segundo turno escolhi os menos piores, no caso Hadad e Lula.

    Jamais votaria em alguém como boçalnaro, sob qualquer argumento. Afinal, acompanho política faz tempo e sei do seu comportamento.

    Já o governo Lula atual implementa muitas coisas que Ciro pregava, logo não posso, por coerência, só criticar. Há coisas a elogiar.

    E, convenhamos, numa democracia como a nossa, o executivo é só uma parte do governo. O legislativo tem grande parte nele e ao judiciário cabe coibir as coisas que estão fora das leis.

    O presidente tem que se equilibrar no jogo do poder, caso contrário será uma marionete ou será deposto.

      • Também concordo com José Vidal.

        Discordo do arrazoado de Duarte, na citação ao ministro Flávio Dino.
        Sem dúvida é o quadro mais qualificado, dentre todos os ministros.
        Conhece a Ciência do Direito em profundidade, por isso, é tão criticado.
        O brasileiro, em maioria, detesta pessoas competentes. Se Flávio Dino é ministro do governo, então, por óbvio sua obrigação é defender o governo.
        Foi eleito senador e quando exercia o cargo de juiz, nunca teve nenhuma sentença reformada.

        Flávio Dino é filiado ao PSB. Militantes do PT criticam Flávio Dino também, porque a estrela do ministro vem brilhando mais do que os estrelados petistas.

        Então, o Ministro da Justiça, têm levado bordoada a torto e a direito, da Esquerda e da Direita. Ele nem se incomoda com isso, sabe que a vida é assim mesmo. Ninguém bate nas nulidades.

        Na tentativa de golpe no oito de janeiro de 2023, Flávio Dino era o único ministro, que estava na Capital e do Ministério da Justiça cumpriu seu papel. Muitas mentes ” brilhantes” pregam que Dino deveria se dirigir ao Planalto e enfrentar as feras de frente, para ser trucidado pelos vândalos medievais. Absurdo.

  2. Multilaterais atuantes, um mais condenável que outro, daí o ataque ou menosprezo à quem assim os identifica, lembrando o vaticinado e “alvejante”: “Sai dessa Babilônia, povo Meu!”

  3. Sempre votei em Brizola, não poderia apoiar o Lula, sabendo qual a finalidade de sua candidatura nos anos 80 e 90.
    Em 2003, votei no Lula, embora José Serra tinha um DNA de esquerda muito melhor que Lula. O que pesou contra Serra foi ser candidato do péssimo governo de FHC.
    Poucos meses depois, Lula com a Carta aos Brasileiros, acenando para o mercado, disse a que veio. A partir daí, fui oposição ao seu governo,

    Em 2018, não poderia votar num totalmente inexperiente, com péssima biografia política, militar e nunca escondeu que era a favor de ditaduras, a ponto de elogiar o torturador cel. Brilhante Ustra. Votei no Lula no segundo turno.

    Com todas as dificuldade que Lula está encontrando, como Arthur Lira, que já era ruim, ficou pior e mau acostumado no governo Bolsonaro, Roberto Campos bolsonarista no Bacen e início de governo tumultuado na tentativa de golpe, Lula está se saindo bem e em 7 meses de governo fez mais pelo Brasil e o povo do que o perdulário Bolsonaro que só soube destruir o Brasil, interna e externamente em seus 4 anos de governo.

    • Endosso, Nélio.

      Mesmo em 2018, Bolsonaro sempre foi um mau político, preguiçoso, reaça, tosco, grosseiro e preconceituoso, cujo ponto alto eram os bate bocas com travestis e prostitutas na Luciana Gimenez.

      Não havia nenhuma razão pra inferir que seu governo traria alguma espécie de avanço em relação a um governo do Haddad.

  4. A trinca de “J” (jaco, jacu & joze) nunca decepciona quando se trata de defender o ladrão e narcotraficante Lula da Silva e os seus quadrilheiros.

    • E quem você defende e por covardia, não cita o nome dele, trata-se de um monge franciscano?
      Tem que ter muita paciência com comentários patéticos, que não acrescentam nada.

      • Ora pois e segundo:
        “Há que se ter uma “linha editorial”, que não poderá ser transposta(atrapalhada=toldada), porque:
        “Para dirigir nesse rumo nosso exército de jornalistas, deveremos organizar essa obra com cuidado muito especial.Sob o nome de escritório central de imprensa, organizaremos reuniões literárias, nas quais nossos agentes dirão, sem que ninguém desconfie, a palavra de ordem e os sinais. Discutindo e contradizendo nossa iniciativa de modo superficial, sem penetrar no âmago das questões, nossos órgãos entreterão vaga polêmica com os jornais oficiais, a fim de nos dar os meios de nos pronunciarmos mais claramente do que o poderíamos fazer nas nossas primeiras declarações oficiais.

        Esses ataques desempenharão ainda o papel de fazer com que nossos súditos se julguem garantidos de falar livremente; isso dará, demais, a nossos agentes motivo para dizerem e afirmarem que os órgãos que se declaram contra nós nada mais fazem do que falar a toa, pois que não podem achar verdadeiras razões para refutar seriamente nossas medidas.
        Tais processos, despercebidos da opinião pública, porém seguros, certamente atrairão para nós a atenção e a confiança pública.Graças a eles, excitaremos e acalmaremos, conforme for preciso, os espíritos, nas questões políticas, persuadindo-os ou desanimando-os, imprimindo ora a verdade, ora a mentira, confirmando os fatos, ou contestando, segundo a impressão que fizerem no público, apalpando sempre prudentemente o terreno antes de dar um passo…Venceremos infalivelmente nossos adversários, porque eles não terão à sua disposição órgãos em que se possam pronunciar até o fim, devido as medidas a que já aludimos. Não teremos necessidade de refutá-los profundamente…
        Refutaremos enérgicamente em nossos órgãos oficiosos os balões de ensaio lançados por nós na terceira categoria de nossa imprensa, em caso de necessidade.

        Já agora, nas formas do jornalismo francês, pelo menos existe uma solidariedade franco-maçônica. Todos os órgãos da imprensa estão ligados entre si pelo segredo profissional; semelhantes aos antigos augures, nenhum de seus membros revelará o segredo de suas informações, se não receber ordem para isso. Nenhum jornalista ousará trair esse segredo, porque nenhum deles será admitido na órbita da literatura, se não tiver uma mancha em seu passado; essa mancha seria imediatamente revelada. Enquanto tais manchas forem conhecidas somente por alguns, a auréola do jornalista atrairá a opinião da maioria do país e ele será seguido com entusiasmo. (10).”
        – “Os falastrões inesgotáveis transformaram as sessões dos parlamentos e as reuniões administrativas em prélios oratórios. Jornalistas audaciosos e panfletários cínicos atacam diariamente o pessoal administrativo. Os abusos do poder, finalmente, prepararão a queda de todas as instituições, e tudo será destruído pela multidão enlouquecida.”
        -Os direitos que inscrevemos nas constituições são fictícios para as massas ; não são reais. Todos esses pretensos “”direitos do povo” somente podem existir no espírito e são para sempre irrealizáveis. Que vale para o proletário curvado sobre seu trabalho, esmagado pela sua triste sorte, o direito dado aos falastrões de falar, ou o direito concedido aos jornalistas de escrever toda espécie de absurdos misturados com cousas sérias, desde que o proletariado não tira das constituições outras vantagens senão as miseráveis migalhas que lhe lançamos de nossa mesa em troca dum sufrágio favorável às nossas prescrições, aos nossos prepostos e aos nossos agentes? Para o pobre diabo, os direitos republicanos são uma ironia amarga: a necessidade dum trabalho quase cotidiano não lhe permite gozá-los ; em compensação, tiram-lhe a garantia dum ganho constante e certo, pondo-o na dependência das greves, dos patrões e dos camaradas.”
        https://radioislam.org/protocols/indexpo2.htm

      • Pelo menos eu não pedi voto e nem votei em ladrão narcotraficante, também não defendo corrupto, nem censura, nem prisão ilegal de grávidas e velhotes?

        E você?

        • Não vota em ladrão?
          Votou sim, votou nas rachadinhas, na propina das vacinas, nos cheques de Queiroz, nos milhões dos gastos com cartão corporativo, nos 51 imóveis comprados com dinheiro vivo, nos assessores fantasmas, na corrupção do MEC, nos 100 anos de sigilo para cobrir roubalheiras, nas emendas secretas e de quebra ainda leva o ódio desmedido por quem pensa diferente de você.

          E, deve votar no candidato que Bolsonaro, mesmo sabendo da tentativa de golpe e de usurpação dos presente que recebeu quando presidente

    • O “Longo”, torna-se curto, pois não têm argumentos para defender seu mito, procura desacreditar os comentários que são contra o tosco..
      É mais um zumbi bolsonarista que infesta este blog.

  5. A verdade é que não há diferença entre Lula e Bolsonaro e consequentemente não há diferença entre seus apoiadores. É tudo farinha da mesma mandioca.

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