Fabio Serapião
Folha
Dados de transações financeiras entregues à Polícia Federal por Walter Delgatti Neto mostram que pessoas próximas à deputada Carla Zambelli (PL-SP) repassaram R$ 13,5 mil ao hacker, que invadiu os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inseriu documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Delgatti e Zambelli são alvos de operação da PF deflagrada nesta quarta (2). A parlamentar, uma das principais aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de mandado de busca e apreensão. O hacker foi preso.
INVASÃO DOS SISTEMAS – Os dois são suspeitos de atuarem em uma trama que mirava o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e que resultou na invasão dos sistemas do CNJ e na inserção dos alvarás de soltura falsos.
Segundo Delgatti, que ficou conhecido pela invasão de celulares de autoridades no episódio que ficou conhecido como “Vaza Jato”, a invasão aos sistemas foi solicitada por Zambelli.
“Verifica-se que, do montante de R$ 13.500,00, a quantia de R$ 10.500,00 foi enviada por Renan Goulart, valendo-se de 3 transferências bancárias via PIX; e que o valor de R$ 3.000,00 foi enviado, numa única transferência bancária via PIX, por Jean Vilela”, diz a PF.
DOIS ASSESSORES – Goulart, diz a PF, é servidor comissionado da Assembleia Legislativa de São Paulo, lotado no gabinete de Bruno Zambelli, irmão da deputada. Vilela, por sua vez, é secretário parlamentar no gabinete da própria Carla Zambelli.
Em seu depoimento à PF, Delgatti assumiu a invasão e disse que somente ele e a deputada participaram da trama que mirava Moraes.
“Que o declarante foi pago para ficar à disposição da Deputada, sendo que os pagamentos foram feitos em outubro/2022 [R$ 3.000,00 – três mil reais], pagos por um Assessor da Deputada, chamado ‘Jean’, por transferência bancária, em espécie, dinheiro levado por ‘Renan’, motorista da Deputada, e um PIX, em janeiro/2023, via PIX, tendo sido autorizado neste momento a acessar sua conta para fornecer os extratos”, disse ele no depoimento.
OBJETIVO DA INVASÃO – Delgatti falou à PF após ser alvo da primeira fase da apuração sobre a invasão aos sistemas, em 27 de junho. Na ocasião, o investigado informou que o objetivo da invasão foi demonstrar as vulnerabilidades do sistema judiciário brasileiro, como forma de desacreditar o sistema eletrônico de votação, uma vez que não seria possível a “invasão” das urnas eletrônicas pela internet.
Ele também disse aos investigadores que teve um encontro com Jair Bolsonaro no qual o então presidente perguntou se ele conseguiria invadir o sistema das urnas eletrônicas.
“Isso não foi adiante, pois o acesso [ao código fonte] que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do tribunal, e o declarante não poderia ir até lá, sendo que tudo que foi colocado no Relatório das Forças Armadas foi com base em explicações do declarante”, afirmou.
CRIMES CIBERNÉTICOS – O hacker foi preso em julho de 2019 pela PF na Operação Spoofing, que apurava a existência de uma quadrilha responsável por “crimes cibernéticos”. Segundo a corporação, ele liderou um ataque hacker contra autoridades e acessou trocas de mensagens dos procuradores da Lava Jato pelo Telegram.
O então chefe da força-tarefa da operação, Deltan Dallagnol, foi um dos hackeados. Assim, foram tornadas públicas mensagens dele com outros investigadores e também com o então juiz do caso, o ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Delgatti admitiu à PF ter entrado nos celulares dos procuradores e repassado as mensagens ao site The Intercept Brasil, que revelou o caso posteriormente conhecido como Vaza Jato. Os diálogos vazados indicaram atuação conjunta dos procuradores com Moro nos processos envolvendo Lula na operação. O material teve papel central nos julgamentos no STF que declararam a suspeição de Moro nas condenações contra o petista.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com a confirmação dos pagamentos, o problema de Carla Zambelli se complicou muito. A deputada, que depõe hoje na Polícia Federal, será processada pelo Supremo. Se for condenada, perderá o mandato e sofrera suspensão dos direitos políticos. Está feia a coisa. (C.N.)
O revanchismo parece natural, mas não é salutar.
E quem diria que Zambelli, além de matar a Car Wash, libertaria e elegeria Lula e o feitiço se voltaria contra o feiticeiro?
Tudo, absolutamente tudo, que está escrito nesta matéria JÁ é do conhecimento público.
Não fosse o jornalista um militante esquerdopata, o que ele poderia ter explorado?
1- O “hacker” contratado pela Zambelli É o mesmo que foi contratado pela dupla Demori / Manoela Dávila para entregar o butim da invasão ilegal dos celulares de altas autoridades da república?
2- Que tipo de hacker é este que sequer consegue invadir os servidores do TSE ?
3- O que existe no inquérito aberto pela PF, até hoje inconcluso e misteriosamente tornado secreto, para investigar a fraude que ocorreu na eleição de 2018?
Carla Zambelli é uma dos que faziam parte da quadrilha bolsonarista que tentaram desmoralizar o sistema judiciário brasileiro e o sistema eleitoral brasileiro, em que o maior interessado era Bolsonaro.
Os acampamentos nas portas dos quarteis, em especial o Quartel General em Brasília, poderiam ser esvaziados com uma ordem do comandante em chefe das Forças Armadas, mas não fez, assim como, não tomou nenhuma providência pelo quebra quebra e atentado a bomba nos dias 12 e 24 de dezembro de 2022. A invasão do dia 8 de janeiro, estava no roteiro da tentativa do golpe.
Bolsonaro era ou não era o maior interessado na tentativa do golpe?
Não adianta dar uma de João sem braço e dizer que jogou dentro das 4 linhas e sair ileso desse crime contra o estado de direito constitucional.
O que o judiciário e a PF vem fazendo não é perseguição política ou vingança, é fazer justiça. Quaisquer outros argumentos contrários. é querer passar panos quentes na tentativa de golpe. que é o maior crime contra uma república democrática.
Quando se trata de defender as ilegalidades dos narcotraficantes petistas, a trinca de “J” (jako, jaku & joze) nunca decepciona.
Os que sofreram um “Longo” processo de alienação não argumentam, pois não tem como defender os crimes de seu “mito”.
Falam baboseiras sem provas e deboches. São coisas de bolsonaristas fanáticos.
Acha que ficar cercando os comentaristas para desqualificar seus comentários contra as verdades dos crime cometidos por Bolsonaro, vai fazer com que se calem. Não vai
Imbróglio medonho, só cobra criada, o mais inocente de tudo é o Barba, Dom $talinacio Curro de la Grana.
Se existe alguém no mundo mais inocente que o Barba, é o Zé Dirceu, para o Caroço, que “A cada dia mais que convenço de minha inocência.”
Aí nesse furdunço chegamos ao conflito da dosimetria de inocência, Barba alega ser a alma mais honesta do mundo e Caroço cada dia se convence mais de sua inocência.
Num ranking de aferição o PT e seus acólitos ganham de lavada, eles são de meter inveja em todos os Catões e Varões de Plutarco, misturados.
Pelas barbas de Salomé!!!
Insisto: quero saber de algum filho de rapariga do quinteto leftpata se sofreu algo por parte do governo ditatorial, segundo dizem. “Ah, mas ele iria implantar a ditadura no país”. Então, digo: “Lula vai roubar e quebrar o Brasil de novo”. Os idiotas se esquecem da sanção aplicada à Petrobrás pelos norte-americanos devido à roubalheira petralha. Até Ciro foi escanteado pelos leftpatas, gostam mesmo de roubos.