Não adianta pedir um tostão de chuva ao Padre Cícero, segundo Mário de Andrade

Retrato de Mário de Andrade | Enciclopédia Itaú Cultural

Mário de Andrade, retratado por Tarsila do Amaral

Paulo Peres
Poemas & Canções

O romancista, musicólogo, historiador, crítico de arte, fotógrafo e poeta paulista Mário Raul de Moraes Andrade (1893-1945), no poema “Tostão de Chuva”, fala sobre o resultado catastrófico recebido por Antônio Jerônimo, em consequência da zombaria do seu pedido ao “padim” padre Cícero.

TOSTÃO DE CHUVA
Mário de Andrade

Quem é Antonio Jerônimo? É o sitiante
Que mora no Fundão
Numa biboca pobre. É pobre. Dantes
Inda a coisa ia indo e ele possuía
Um cavalo cardão.
Mas a seca batera no roçado…
Vai, Antônio Jerônimo um belo dia
Só por debique de desabusado
Falou assim: “Pois que nosso padim
Pade Ciço que é milagreiro, contam,
Me mande um tostão de chuva pra mim”.
Pois então nosso “padim” padre Cícero
Coçou a barba, matutando, e disse:
“Pros outros mando muita chuva não,
Só dois vinténs. Mas pra Antônio Jerônimo
Vou mandar um tostão”.
No outro dia veio uma chuva boa
Que foi uma festa pros nossos homens
E o milho agradeceu bem. Porém
No Fundão veio uma trovoada enorme
Que num átimo virou tudo em lagoa
E matou o cavalo de Antônio Jerônimo.
Matou o cavalo.

2 thoughts on “Não adianta pedir um tostão de chuva ao Padre Cícero, segundo Mário de Andrade

  1. AS NOVAS INVASÕES DOS POVOS DO MAR E OS ÚLTIMOS DIAS DE PAZ DA HUMANIDADE!
    As castas políticas corruptas e o cristianismo parasitário oficial à ‘’democracia’’ se referem em semelhante juízo: ‘’Sem via crucis ninguém alcança o paraíso’’! (L. C. Balreira).

    As invasões mais famosas dos povos do mar aconteceram há 5200 anos e há 3200 anos. As cíclicas e infernais condições climáticas convergentes provocaram fome, violência, e criminalidades nacionais e internacionais absurdas e em grandes escalas. Os cientistas estudiosos do assunto desconfiam que muitos grupos étnicos, incluindo os filisteus, compartilhavam tais forças invasoras. Se houve um êxodo histórico dos hebreus que haviam há vários séculos imigrado e se multiplicado no Egito esse aconteceu durante as invasões e saques de riquezas e alimentos de 3200 anos atrás. As ‘’invasões’’ dos povos do mar do século XXI, por enquanto pacíficas, já estão acontecendo na Europa. Posteriormente será a vez da Amazônia e todas as demais florestas onde houver restado alguma caça, alguma pesca! Por enquanto, as grandes regiões desabitadas do planeta estão compensando os bilhões de focos de calor provocados pela humanidade! O Papa Francisco, hipócrita e demagogo, afirma que o Mar Mediterrâneo está se convertendo em um ‘’enorme cemitério’’. Você ainda não viu absolutamente nada do que está para acontecer, Papa! O melhor que você pode fazer é pedir aos pobres e miseráveis do mundo que parem de ‘’crescer e se multiplicarem’’ como as ratazanas do metro e das ruas de Nova Iorque! (L. C. Balreira).

    O apocalipse brasileiro começou com as ‘’Diretas-Já’’. Tudo vem piorando! A Rio-92 e todos os demais ‘’encontros’’ do gênero só serviram para os políticos viajarem em aviões poluidores, com cama de casal, e para se hospedarem em hotéis de luxo, com suas damas e trupe, por conta dos contribuintes. Montanhas de lixos se acumulam diariamente. As legislações criadas pelo populismo democrático, e para a perpetuação no poder de verdadeiras e corruptas dinastias, são totalmente enganosas e genocidas. Exemplos: Lei Maria da Penha vem provocando genocídio de mulheres. O pagamento de pensão alimentícia é outra Lei martirizante de mulheres, devido aos códigos das impunidades criados pelos advogados do diabo e pelo cristianismo dos Três Poderes; por isso mesmo as organizações criminosas e o banditismo contra a população do bem avançam a passos cada vez mais largos. Os desfiles das Forças Armadas, no 7 de setembro, com seus uniformes engomadinhos, nem de longe provocam medo nos cavaleiros do apocalipse das corrupções e marginalidades sem mandato, sem concurso, sem nomeação! (L. C. Balreira).

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