Governo Lula teme que guerra em Israel afete economia e provoque uma crise internacional

Guerra em Israel: o possível impacto na Selic

É uma guerra contra civis — mulheres, crianças e idosos

Eliane Cantanhêde
Estadão

É um alívio que o presidente Lula, trancado no Alvorada, recuperando-se da cirurgia de quadril, não tenha dado entrevistas ou declarações de improviso sobre a guerra em Israel. O risco era Lula repetir os erros e a confusão que aprontou ao falar, por exemplo, sobre a invasão da Ucrânia e a ditadura da Venezuela. Vai que ele, para defender a Palestina, ousasse amenizar o ataque terrorista do Hamas?

Por escrito, e bem assessorado, Lula reagiu de forma cautelosa no X (ex-Twitter), dizendo-se “chocado com os ataques terroristas contra civis, com numerosas vítimas”, reafirmando “repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas” e prometendo esforços para “uma solução que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”.

ALGO ABOMINÁVEL – Um ataque, por ar, mar e terra, atingindo crianças e velhos, inclusive mil jovens num show, é um atentado terrorista condenável sob todos os aspectos e ponto final. Mas ideologia, política e os interesses nem sempre permitem posições claras, diretas. Lula, por mais simpático à causa palestina, por mais resistência que tenha a Israel, deu nome aos bois: atentado terrorista é atentado terrorista.

Na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil convocou uma reunião de emergência do colegiado, que aprofundou a percepção geral do processo rápido da ONU rumo à irrelevância. Dominada pelos EUA, rachada entre países que insistem em não admitir novas potências e pairando sobre consensos impossíveis, a ONU ficou em cima do muro.

Nesta segunda-feira, 9/10, Lula fez sua primeira reunião com o conselho político do governo, de casa, por internet, e incluiu o ministro da Defesa, José Mucio, e o assessor internacional, Celso Amorim, para ouvir deles sua visão da guerra e as providências para retirar mais de mil brasileiros da área de conflito. Nada de novo, mas houve concordância na avaliação sobre a guerra.

TUDO DE RUIM – A guerra já começou em grandes proporções, fica pior com o cerco israelense a Gaza, com bloqueio de luz, água e comida, e pode evoluir para uma crise internacional imprevisível, caso — como também alertou o embaixador aposentado Rubens Barbosa — o Hezbollah entre no conflito e atraia o mundo árabe.

Com EUA e Europa ao lado de Israel e os países árabes com os palestinos, o que farão Irã, China e Rússia? E no rastro da guerra da Ucrânia?

Para o Brasil, preocupa diretamente a disparada do petróleo, com aumento do preço interno da gasolina e do diesel, pressão sobre a inflação e recuo na trajetória de queda dos juros. E o dólar só subindo. O problema deixou de ser o Congresso e o Banco Central. O buraco, agora, é muito mais em cima.

23 thoughts on “Governo Lula teme que guerra em Israel afete economia e provoque uma crise internacional

  1. Adendos, em:
    “Abrolhos!”
    ” TODA república passa por diversas fases.(1) A primeira compreende os primeiros dias de loucura dum cego que se atira para a direita e para a esquerda. A segunda é a da demagogia, de onde nasce a anarquia; depois vem inevitavelmente o despotismo, não um despotismo legal e franco, mas um despotismo invisível e ignorado, todavia sensível ; despotismo exercido por uma organização secreta, que age com tanto menos escrúpulo quanto se acoberta por meio de diversos agentes, cuja substituição não só a não a prejudica, como a dispensa de gastar seus recursos, recompensando longos serviços.
    Quem poderá derrubar uma força invisível? Nossa força é assim. A franco-maçonaria externa serve unicamente para cobrir nossos desígnios ; o plano de ação dessa força, o lugar que assiste, são inteiramente ignorados do público.

    A própria liberdade poderia ser inofensiva e existir no Estado, sem prejudicar a liberdade dos povos, se repousasse nos princípios da crença em Deus, na fraternidade humana, fora da idéia de igualdade contrariada pelas próprias leis da criação , que estabelecem a subordinação. Com tal fé, o povo se deixaria governar pela tutela das paróquias e marcharia humilde e tranquilo sob a direção de seu pastor espiritual, submetido à distribuição divina dos bens deste mundo. Eis porque é preciso que destruamos a fé, que arranquemos do espírito dos cristãos o próprio princípio da Divindade e do Espírito, a fim de substituí-lo pelos cálculos e pelas necessidades materiais (2).

    Para que os espíritos dos cristãos não tenham tempo de raciocinar e observar, é necessário distraí-los pela indústria e pelo comércio. Desse modo, todas as nações procurarão suas vantagens e, lutando cada uma pelos seus interesses, não notarão o inimigo comum. Mas para que a liberdade possa, assim, desagregar e destruir completamente a sociedade dos cristãos, é preciso fazer da especulação(3) a base da indústria. Desta forma, nenhuma das riquezas que a indústria tirar da terra ficará nas mãos dos industriais, mas serão sorvidas pela especulação, isto é, cairão nas nossas burras.

    A luta ardente pela supremacia, os choques da vida econômica criarão e já criaram sociedades desencantadas, frias e sem coração.Essas sociedades terão uma profunda repugnância pela política superior e pela religião. Seu único guia será o cálculo, isto é, o ouro, pelo qual terão verdadeiro culto (4), por causa dos bens materiais que pode proporcionar. Então, as classes baixas dos cristãos nos seguirão em nossa luta contra a classe inteligente dos cristãos no poder, nossos concorrentes, não para fazer o bem, nem mesmo para adquirir a riqueza, mas simplesmente por ódio dos privilegiados.”
    Extraido, de: ” CAPÍTULO IV

    Resumo – As diversas fases duma república. A franco-maçonaria externa. A liberdade e a fé. A concorrência internacional do comércio e da indústria. O papel da especulação. O culto do ouro.
    https://www.radioislam.org/protocols/indexpo.htm

    • É um alívio que o presidente Lula, trancado no Alvorada, recuperando-se da cirurgia de quadril, não tenha dado entrevistas ou declarações de improviso sobre a guerra em Israel. O risco era Lula repetir os erros e a confusão que aprontou ao falar, por exemplo, sobre a invasão da Ucrânia e a ditadura da Venezuela. Vai que ele, para defender a Palestina, ousasse amenizar o ataque terrorista do Hamas?

      Dona Eliana passou o sabonete….

      Estava indo tão bem, mas de repente voltou a ser o que sempre foi……..

      A Jornaefegacista da Massa Cheirosa..

    • A grã-fina de narinas de cadáver se supera:
      “Lula, por mais simpático à causa palestina, por mais resistência que tenha a Israel, deu nome aos bois: atentado terrorista é atentado terrorista.”
      Fica bem claro que Loola sabe o que é um atentado terrorista e por isso merece o aplauso constrangido da esquerda seletiva.
      Essa guerra Hamas/Israel vai mostrar mais posições ideológicas de comentaristas em toda mídia.
      E como sempre a primeira vitima da guerra é a verdade.
      Já foi dito e concordo, ‘Se palestinos baixarem as armas vai ter paz, se Israel baixar as armas vai deixar de existir.’
      Se algum dia Israel se ajoelhar, o Irã varre-o da face da terra.

  2. Esse Estado de Israel deveria ter sido colocado na própria Europa.

    Quem sabe até na Argentina.

    Nada do que as potencias forçaram na região funcionou.

    Colonialismo, Guerra Fria, Israel, Invasões, Primavera Árabe.

    E a indústria armamentista vai muito bem.

  3. O “objetivo” da máfia khazariana que alimenta e lucra com essas tidas controladas escaramuças é dizimar a população da Ucrania e lá “instalar” sua “khazaria”!

  4. Caro Rafael Santos.
    Foi de interesse especialmente dos EUA a divisão feita pela ONU do território palestino num Estado judeu (55% do território) e num Estado palestino ( com 45% do território).
    Essa divisão tem origem no projeto colonial moderno.
    Com a guerra dos 6 dias, Israel aumentou seu território de 55 % para 79 % e tratam os palestinos com violência.
    Jamais apoiarei terrorismo com matança de civis judeus inocentes, como não apoio em contrapartida o terrorismo de matança civis inocentes na Faixa de Gaza.

  5. O confronto do grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gasa, com Israel, o país com maior poderio militar do Oriente Médio, não tem o condão, de por si só, de desestabilizar a Economia Mundial.

    O grupo terrorista , Hamas, não representa o povo palestino. A Autoridade Palestina, criada por Iasser Arafat, em 1959 e que até então luta para criar o Estado Palestino e e reconhecido pela ONU e pela União Européia, controla a Cisjordânia. O grupo Al Fatah é o braço armado palestino na Cisjordânia e aceita a existência do Estado de Israel.

    O grupo árabe, Hezbolha controla o Líbano e mantém um acordo tácito , sem hostilidade de parte a parte com Israel, desde o ano de 2000, quando venceu as eleições libanesas, ocasião, em que Israel abandonou o Sul do Líbano, que era ocupado pelos israelenses.

    O grande risco nesse confronto entre Hamas e Israel, é a possibilidade remota do Hezbolha entrar na guerra, porque esse grupo político e militar é muito mais poderoso e pode escalar numa nova guerra generalizada.

    Não há nenhum risco de uma nova guerra, comparada a Guerra do Yom Kippur em 1973, que envolveu todos os países árabes, que fazem fronteira com Israel: Egito, Síria, Jordânia e Líbano.
    O Estado de Israel venceu a guerra, com o apoio dos EUA. Hoje, os países árabes enfrentam uma monstruosa crise econômica, sem condições fáticas de uma nova guerra com Israel.

    A Síria perdeu as colunas de Golan, ocupadas por Israel desde a guerra de 1973, se enfrentar Israel com o país devastado pela guerra civil e a destruição de cidades históricas pelo grupo terrorista Estado Islâmico, poderia selar o fim do Estado Sírio, como ocorre atualmente com a Líbia, que foi destruída no governo Barack Obama, para tirar do poder, o ditador Muamar Kaddaf.

    Hoje, chegou um avião militar em Israel com armamento pesado para ajudar Israel. Ora, não há lógica nessa ajuda, porque o grupo Hamas não tem a mínima condição de enfrentar Israel, o maior Exército e Força Aérea do Oriente Médio, Essa ação americana, significa falta de inteligência do governo sofrível de Joe Biden e de Beijamim Netaniyau de Israel, por qual razão: abre um flanco para a entrada de outros atores mais poderosos no conflito, que no momento é localizado.

    No governo do primeiro ministro Izack Rabin, que estava em negociações para a criação do Estado Palestino convivendo em paz com o Estado de Israel, um membro israelense extremista radical dos religiosos radicais de Direita, assassinou Rabin, o que significa, que a Igreja de Israel, não deseja a paz. Talvez, a continuação do Estado de guerra, signifique a permanência do Poder que os conservadores da Igreja judaica, detém no Parlamento e no governo de Israel, hoje comandado pelo corrupto Netaniyau, que enfrenta processos na Justiça israelense e por esse motivo, tenta impor uma derrota a Suprema Corte, impondo Leis, que podem mudar uma decisão Judicial por votação dos congressistas. Essa onda varre o mundo e já chegou ao Brasil. O que é danoso ao país, o Congresso brasileiro logo quer copiar aqui. Faltam, além de ética e moral, tem também, a falta de originalidade.

  6. Caro Roberto Nascimento,

    Você tem razão. Eu creio que, se o Hezbollah entrar na guerra, ela será duradoura e vai certamente envolver outro países.
    Toda essa guerra, á ambição por mais território

    • O grupo extremista do Hamas, que não representa o povo palestino, não deseja a paz.
      Por outro lado, os extremistas religiosos de Israel também não querem ouvir falar de acordo de paz.
      Qual a razão?
      Dinheiro e Poder. Os religiosos de Israel e grupos conservadores perderiam dinheiro e cargos na máquina pública do governo israelense e o grupo extremista/ terrorista do Hamas, perderia os recursos para compra de armas e seriam destruídos pela força de um Estado Palestino, convivendo pacificamente com o Estado Israelense.

      Tenho esse entendimento, quando no século passado, os extremistas de Israel mataram o primeiro ministro israelense Isac Rabin e o presidente egípcio Anuar El Sadat, assassinado por terroristas palestinos, logo após assinarem um acordo de paz, em Camp David nos EUA, na presença do presidente americano, Bil Clinton.

      Quem cultua o ódio e menospreza a vida, quer a guerra e o genocídio de seus povos, para lucrarem com o sofrimento da população. Ninguém pode ter o direito de matar em nome de entidades religiosas.

  7. Pois é , senhor Eliel , os Israelenses foram transformados num toque de mágica de ” ALGOZES ” dos povos Palestinos á vitimas ” imaculadas dos Palestinos ” , que não gostam de roubar , matar , estuprar e mutilar Palestinos á décadas seguidas impunemente , e a resistência Palestina foram transformadas convenientemente em ” Terroristas ” .

      • senhor Cabral, quem degolou bebês e crianças? Não foram os terroristas do Hamas? Sinto pelo povo palestino, que não tem a opção de se posicionar contra esses terroristas ou serão mortos, que é quem vai sofrer por mais essa irresponsabilidade desse grupo terrorista. Se você concorda com esse massacre de inocentes, você esta doente.

  8. Desde a primeira diáspora os judeus não tinham um palmo de terra para plantar uma videira.
    Vamos ver.
    A palavra diáspora deriva do hebraico e significa dispersão, expulsão e exílio.
    É o termo que define as migrações do povo judeu – quase sempre por expulsão. As consequências diretas da diáspora estão na formação das comunidades judaicas.
    O que foi a diáspora judaica?
    A diáspora judaica é prevista na Bíblia e define a busca do povo pela terra prometida.
    O Egito e a Babilônia foram os destinos dos judeus nos dois principais movimentos de diáspora a partir do século 6 a.C.
    Embora tenham sido escravizados, o movimento permitiu a troca de informações culturais, linguísticas e religiosas, reforçando a identidade dos povos.
    A dispersão do povo judeu decorre de confrontos com outros povos e disputas por territórios.
    A primeira dessas migrações é registrada no ano 586 a.C., quando o imperador da Babilônia Nabucodonosor II destrói o templo de Jerusalém e deporta os judeus para a Mesopotâmia.
    Os judeus estavam na região desde 722 a.C. após a destruição do reino de Israel pelos Assírios, que escravizaram as dez tribos de Israel.
    Pelo menos 40 mil pessoas foram deportadas para a Babilônia. A comunidade permaneceu na região até o início do século XX, quando os judeus emigraram do Iraque.
    Escrituras Sagradas
    Embora no exílio, o povo judeu manteve a tradição de disseminação das escrituras por meio dos centros de estudos judaicos.
    Assim, acabaram por se espalhar pelo mundo. Há registros de comunidades que saíram da Grã-Bretanha para a China, da Dinamarca para a Etiópia, Rússia, África Central e Turquia.
    A segunda diáspora é registrada 70 a.C., quando os romanos destruíram Jerusalém e os judeus partiram para a Ásia, África e Europa.
    Os judeus estabelecidos no Leste Europeu são chamados de Ashkenazi e os da Península Ibérica de Sefarditas.
    Sionismo
    Sião é o nome do monte onde estava localizado o templo de Jerusalém. Após a 2ª Guerra Mundial, 1945, lideranças políticas e religiosas judias voltaram a discutir o movimento classificado como sionismo, que significa o retorno do povo judeu para a Terra de Israel.
    O retorno foi impulsionado pelo massacre do povo judeu, ao menos 6 milhões foram assassinados durante da 2ª Guerra Mundial. Com a criação do Estado de Israel, em 1948, termina a diáspora de quase 2 mil anos para o povo judeu.
    Outra consideração, no ultimo Natal, Benjamim Netanyahu saudou o mundo cristão com um Feliz Natal a toda comunidade cristã.

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