Por ideologia, não se pode apoiar as mortes de inocentes em Israel ou na Faixa de Gaza

Em luto, Israel amplia esforços para identificar vítimas de tragédia  durante evento religioso | O Popular

Israel ainda nem conseguiu identificar as vítimas do Hamás

Fabiano Lana
Estadão

O caso dos massacres de israelenses no último sábado, pelos militantes do grupo obviamente terrorista Hamas, é apenas um exemplo entre muitos em que se inclui a guerra na Ucrânia, por exemplo. Mas ocorreu que, em todo mundo, pessoas com ideologia contrárias ao Estado de Israel fizeram enormes contorcionismos para transformar vítimas em culpados, nem que fossem abstratamente culpados. Em geral deixando de lado a situação pessoal de quem sofreu violência e invocando questões de Estado, injustiças históricas, etc.

Há também aqueles casos das condenações envergonhadas, em que a denúncia do ato violento em si vem seguida de um grande número de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, etc.).

LADO CONTRÁRIO – Também há o contrário. Quem agora quer que as forças israelenses realizem uma contraofensiva atroz na faixa de Gaza sem se importar que os alvos sejam civis desarmados ou militantes do Hamas. É o radicalismo da ideologia, uma maneira de tentar ver o mundo de forma esquemática operando nas nossas mentes sem levar

Obviamente a guerra que ocorre no Oriente Médio é mais uma consequência de um processo conflagrado que já dura milênios, muito distante da possibilidade de compreensão profunda dos cidadãos. Há uma série de arbitrariedades cometidas pelo Estado de Israel e líderes palestinos, atos inconsequentes dos adversários, incompreensões mútuas de lado a lado.

Há pobreza, dificuldades econômicas entre os palestinos, interesses internacionais, paradoxos comportamentais – há elementos demais para levarmos em conta para termos uma visão precisa dos acontecimentos.

PÂNTANO MORAL – Já os especialistas no assunto, muitas vezes, estão de tal forma contaminados por suas ideologias, que até deles devemos desconfiar.

Estamos numa espécie de pântano moral de tal profundidade e turvação de que deveria ser um espanto a maneira como as pessoas possuem opiniões tão assertivas sobre o assunto, muitas vezes tão distantes.

Mas temos uma inclinação política, o que significa que opinar, se posicionar, inclusive sobre o que não nos diz a respeito e do qual temos parcas ideias, talvez faça parte de nossas naturezas. Mas daí poderia haver um princípio ético a ser respeitado: independente de contextos, relativizações, pragmatismos, ou o que for, os sofrimentos e as mortes de inocentes deveriam ser absolutamente condenados.

OPINIÕES RELATIVAS – Mas mesmo esse princípio pode ser falho. É possível haver situações da geopolítica em que a morte de alguns inocentes é invocada como necessárias para salvar a vida de milhões. Logo, os cálculos morais, políticos, e de poder, são labirínticos.

Não há saídas fáceis para esses dilemas. Mas de um ponto podemos partir: tomar muito cuidado para que nossas opiniões ou mesmo ações não sejam guiadas apenas por ideologias. Se por um lado as ideologias nos ajudam a tentar entender o mundo, oferecendo uma ordem aparente ao caos das coisas, costumam ser apenas camisas de força ou mesmo lentes distorcidas quando levadas para o que chamamos de mundo real.

A saída frágil, incompleta, seria: veja o que o lado de quem você a princípio discorda tem a dizer e pondere o máximo possível antes de apresentar as soluções apressadas, e na maioria das vezes inúteis, para qualquer litígio que aparece em suas redes sociais.

13 thoughts on “Por ideologia, não se pode apoiar as mortes de inocentes em Israel ou na Faixa de Gaza

  1. “Estamos numa espécie de pântano moral de tal profundidade e turvação de que deveria ser um espanto a maneira como as pessoas possuem opiniões tão assertivas sobre o assunto, muitas vezes tão distantes.”

    Jaco você se enquadra nessa situação.
    Você é uma criatura do pântano com seu discurso doentio.
    Procure tratamento psicológico ou vou ser seu Simão Bacamarte.

  2. Benjamin Netanyahu.

    “Apenas 79 anos atrás os judeus foram levados para o matadouro como ovelhas.

    Há 75 anos não tínhamos país ou exército.

    Apenas algumas horas após a sua criação, sete países árabes declararam guerra ao nosso pequeno Estado judeu.

    Nós éramos apenas 650.000 judeus contra o resto do mundo árabe, sem nenhuma força de defesa.

    Nenhuma força aérea poderosa, apenas pessoas corajosas.

    Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Egito, Líbia, Arábia Saudita, todos nos atacaram ao mesmo tempo.

    O país que as Nações Unidas nos deram foi 65% deserto. O país não era nada!

    56 anos atrás nós lutamos contra os três exércitos mais poderosos do Oriente Médio, e nós os varremos, sim… em seis dias.

    Lutamos contra várias coalizões de países árabes, que tinham exércitos modernos e muitas armas soviéticas, e sempre os derrotamos!

    Hoje nós temos:
    Um país.
    Um exército.
    Uma poderosa força aérea.
    Um Estado cuja economia exporta milhões de dólares
    Intel – Microsoft – A IBM desenvolve produtos para todos.
    Nossos médicos recebem prêmios por pesquisa médica.
    Temos inúmeros prêmios Nobel em todas as áreas.

    Nós fizemos o deserto florescer, vendemos laranjas, flores e legumes para todos.
    Israel enviou seus próprios satélites para o espaço! Três satélites ao mesmo tempo!

    Estamos orgulhosos de estar no mesmo nível que os Estados Unidos, que tem 320 milhões de habitantes.
    Rússia, que tem 250 milhões de habitantes, a China tem 1,4 bilhão de habitantes.
    Europa (França, Grã-Bretanha, Alemanha), com 350 milhões de habitantes.
    Estes são os únicos países do mundo que enviam objetos para o espaço! Israel agora faz parte da família de potências nucleares, com os Estados Unidos, Rússia, China, Índia, França e Grã-Bretanha.

    Nós nunca admitimos isso oficialmente (mas todos sabem disso): apenas 75 anos atrás, eles nos pegaram, envergonhados e desesperados para nos sacrificar!

    Tivemos recentemente a opressão sobre a Europa e vencemos nossas guerras aqui com menos do que nada. Nós construímos nosso pequeno “Império” do nada.

    Quem é o Hamas que quer nos assustar, nos intimidar? Eles nos fazem rir!

    A Páscoa foi celebrada; não vamos esquecer o que isto significa:

    Nós sobrevivemos ao Faraó.
    Nós sobrevivemos aos gregos.
    Nós sobrevivemos aos romanos.
    Nós sobrevivemos à inquisição da Espanha e dos massacres na Rússia.
    Nós sobrevivemos a Hitler.
    Nós sobrevivemos aos alemães.
    Nós sobrevivemos ao Holocausto.
    Nós sobrevivemos aos exércitos de sete países árabes.
    Nós sobrevivemos a Saddam.
    Continuaremos a sobreviver também aos inimigos de hoje.

    Pense em qualquer outro momento da história da humanidade! Pense nisso: para nós, o povo judeu, a situação nunca foi melhor! Nós vamos enfrentar o mundo.

    Lembre-se: todas as nações ou culturas que uma vez tentaram nos destruir, hoje não existem mais e nós ainda vivemos!

    Egito?
    Os gregos?
    Alexandre da Macedônia?
    Os romanos?
    Alguém fala latim hoje em dia?
    E o terceiro reich?

    E olhem para nós:
    A nação da Bíblia
    os escravos do Egito.
    Nós ainda estamos aqui.

    E nós falamos a mesma língua! Antes e agora! Os árabes ainda não sabem disso, mas aprenderão que existe um Deus! … enquanto mantivermos nossa identidade, nós seremos para sempre!

    Então pedimos desculpas por não nos preocuparmos.
    Por não chorarmos.
    Por não termos medo.
    As coisas estão bem por aqui.
    Elas certamente poderiam ser melhores.

    No entanto: não acredite na mídia, porque eles não dizem que as festas ainda estão acontecendo, as pessoas ainda estão vivendo, as pessoas ainda estão saindo, as pessoas estão saindo para ver seus amigos.

    Sim, nossa moral é baixa. Por quê? Só porque lamentamos nossos mortos, enquanto outros se regozijam no sangue derramado. É por isso que vamos vencer no final.

    Ele nunca dorme e nunca dormirá … o guardião de Israel … HaShem, Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

  3. A gente comenta somente as consequências, como foi esse horrível massacre de cidadãos inocentes de Israel.

    Mas a historia desses conflitos vem de longe.

    Quando a Palestina foi dividida, ao ser imposto a criação o Estado de Israel (onde os judeus ficaram com a maior parte do território), o que contrariou os árabes. o Estado da Palestina não chegou a ser criado efetivamente, até por falta de apoio das grandes potências.

    Desde então, conflitos armados inúmeros aconteceram. E pioraram quando surgiu o Hamas (com o apoio de Israel).

    Um ótimo vídeo para entender a situação: https://www.youtube.com/watch?v=3xEdySTpP8w

  4. Toda guerra têm seus motivos.

    Ficam as perguntas: porquê Israel e Palestina vivem em conflito e porquê Israel não aceita o reconhecimento de um Estado Palestino?
    A análise dessas perguntas deve estar as respostas.
    Deve-se analisar todo o contexto que vem de longe e não se limitar ás barbaridades que os soldados de Israel fazem com os palestinos e nem se limitar ao terrorismo do Hamas. Ambos estão errados.

  5. Senhor Nélio Jacob , a questão Israel & Palestina é essencialmente local e Árabe , pois enquanto alguns países Ocidentais estiverem usando Israel , para manterem sua ” hegemonia e geopolítica ” na região , não haverá paz , mas sim guerra , com a alimentação e aumento do ódio entre as partes , lembrando que caso não resolva essa questão da Palestina , diplomaticamente cedo ou tarde , ocorrerá um evento de maior amplitude e envergadura , que o de Sábado dia 07/10/2023 , dentro de Israel estendendo-se por todo Oriente Médio , pois já esta na hora de Israelenses , USA , OTAN e demais países envolvidos nessa questão , pararem de empurra-la com a barriga , pois de nada adianta ou adiantará Israel estar armado até os dentes , se continuar tratando a questão da Palestina e seu povo com desdém e desrespeito , lembre-se que todo armamento de que a resistência Palestina precisa , já foram fornecidos pelos próprios países e entidade acima mencionados .

    • Sr. José Carlos Cabral, seu comentário é pertinente, tem interesses de algumas potências, de Israel e principalmente dos EUA que a Palestina não seja reconhecida como Estado.

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