Intriga entre Polícia Federal e Abin, órgãos sensíveis, deveria preocupar o governo

ABIN – MoisesCartuns

Charge do Moises (Arquivo Google)

Bruno Boghossian
Folha

A Polícia Federal fez uma batida na sede da Abin na semana passada. A ação mirou agentes que operavam um sistema secreto de monitoramento de celulares no governo Jair Bolsonaro. O que deveria ser só uma investigação sobre a bisbilhotagem feita pelo órgão de inteligência também virou uma intriga institucional.

A Abin reclama que a PF invadiu seu quintal. A agência argumenta que interrompeu o uso do sistema em 2021, abriu uma apuração interna e colaborou com investigadores. Alega ainda que a operação cria o risco de vazamento de dados sigilosos. Em outras palavras, o órgão sugere que não confia na Polícia Federal.

DESCONFIANÇA – O sentimento parece recíproco. Dos corredores da PF, saíram informações de que a operação foi feita porque a apuração da Abin era insuficiente. As ações, portanto, eram necessárias para o inquérito policial —ou seja, não haveria tratamento diferenciado para a agência.

Se a Abin montou uma estrutura de arapongagem ilegal, a investigação da Polícia Federal era a iniciativa mais natural do mundo, mesmo que a estrutura já tivesse sido desmontada. A queda de braço provocada pelo episódio deveria ser motivo de inquietação para o governo.

A briga envolve dois órgãos sensíveis do aparato presidencial, sob o comando de dois delegados que disputam influência nesse círculo. O chefe da PF, Andrei Rodrigues, é homem de confiança de Lula. O diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, foi escolhido para sanitizar a agência depois dos anos Bolsonaro.

DISPUTAS MESQUINHAS – Nenhum deles fará um trabalho correto enquanto estiver preocupado com blindagens e puxadas de tapete. Na quarta-feira (dia 25), o chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa, foi ao Congresso e citou o que chamou de “politização e disputas mesquinhas de poder com a inteligência de Estado”. É difícil discordar.

O conflito não é exatamente novo. Há 15 anos, no segundo mandato de Lula, os dois órgãos também se estranharam depois que a Polícia Federal fez uma operação na Abin.

Na época, o diretor-geral da PF era o justamente o delegado federal Luiz Fernando Corrêa.

6 thoughts on “Intriga entre Polícia Federal e Abin, órgãos sensíveis, deveria preocupar o governo

  1. Então alguém falou “Saber a localização não é a mesma coisa que escutar conversas”…
    Deixa eu falar… Saber localização é saber o tempo que os entes da casa demoram para retornar, e fazer alguns serviços “extras” na casa do alvo tipo, colocar câmeras, escutas, tirar fotos de documentos, fazer cópias de chaves e tantas outras coisas e ainda, ver as pantufas verdes do alvo. Sim, saber que o alvo tem pantufas verdes será usada em um momento mais pra frente como uma forma de falar com o alvo. Pra estarem interessados em localização, eles já sabem muitas outras coisas, sabem a senha wi-fi, sabem quem mora ao lado, sabem como vão entrar e muito mais. É programação pra mais de ano. E afirmo, não é somente para monitoração de adversários políticos. É golpe financeiro, Exemplo, depois que eles descobrem tudo sobre o alvo, eles(os suspeitos) vao estabelecer qual será o modo de se arvorarem sobre o patrimônio do alvo. Assim, pra resumir muito rápido a história é tipo assim: descobrem por exemplo que um determinado casal discute muito… A vizinhança sabe… Um belo dia, eles discutem e o marido sai para esfriar a cabeça… Eles vão lá matam a mulher e deixam o ambiente de modo a sugerir que foi ele o marido o culpado… Aí ele vai ser preso, e os suspeitos, vão lhe colocar os advogados deles para o marido,,, e assim eles conseguem o dinheiro de forma legal. .

  2. Dividir para governar.
    Nos USA seria o FBI investigando a CIA.
    Faz parte, é o método de avacalhar as instituições.
    Como Homer Simpson, o PT de Loola é o dono do avacalhamento entonces ele avacalha quem ele quiser, as Forças Armadas no entender do Homer Barbudo também são avacalháveis

  3. E agora o suposto decálogo de Lenin

    O suposto Decálogo de Lenin diz:

    I. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;

    II. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;

    III. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;

    IV. Fale sempre sobre democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem nenhum escrúpulo;

    V. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público;

    VI. Coloque em descrédito a imagem do país, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;

    VII. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do país;

    VIII. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;

    IX. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;

    X. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.

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