Até os EUA, aliado de Israel, reconhecem que já foram mortos palestinos demais…

Democracy Now! on X: "We speak with leading Holocaust scholar @bartov_omer about the potential for genocide in Israel's assault on Gaza. Bartov argues that the ongoing violent confrontations are a result of

Bartov, professor israelense, pede o fim do genocídio em Gaza

Roberto Nascimento

Os Estados Unidos enfim se convenceram de que os crimes de guerra de Israel já foram longe demais. A Faixa de Gaza, está sendo destruída pelas bombas devastadoras, que derrubam prédios, em segundos. Disse nesta terça-feira o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken: ”Já morreram palestinos demais”.

Não há mais dúvida de que o governo de Israel, com suas ações bélicas, não está apenas reagindo às agressões terroristas do Hamas. Já ultrapassou os limites e está praticando crimes contra a humanidade. E trata-se de uma limpeza étnica, um massacre sem precedentes desde as atrocidades de Pol Pot no Camboja e dos massacres étnicos no Congo.

SEGUNDO PLANO – O objetivo de caçar e matar os terroristas do Hamas, passou a segundo plano. Estes, não estão sendo encontrados, mas, a população indefesa, crianças, mulheres, idosos e doentes, já passam de 12 mil mortos, sem contar os palestinos enterrados nos escombros dos prédios.

Os hospitais da Faixa da, Gaza, ou estão sendo destruídos ou estão completamente sem função, por falta de remédios, insumos, combustível, água, enfim, falta tudo. Os doentes morrem sem condições de serem atendidos.

O mundo assiste a tudo, incrédulo. Nada detém o primeiro- ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nem apelos, nem pressões. Quer expulsar da Faixa de Gaza todos os palestinos que sobreviverem aos ataques indiscriminados, mas o Egito não aceita recebê-los na Península do Sinai. O general-presidente Sisi é contra. E nas últimas décadas os colonos judeus têm ocupado a Cisjordânia até com violência, insuflados pelo governo de Israel.

O que fazer?

AINDA HÁ TEMPO? – O professor Omer Bartov, de estudos sobre genocídio e Holocausto, na Universidade Brown, que escreve no The New York Times e no Estadão, declarou neste domingo: ”Ainda há tempo de impedir Israel de converter suas ações em genocídio, porém, não se pode esperar mais”.

O professor Bartov, alerta para as lições da história. Ele e vários colegas da Universidade, angustiados meses atrás com a escalada do governo Netaniyau, visando perpetuar a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, assinaram uma petição alertando para a tentativa de golpe no Judiciário liderado pelo primeiro-ministro, para evitar que as decisões da Suprema Corte Israelense impedissem qualquer ilegalidade do governo, inclusive sobre a corrupção em larga escala.

A petição não adiantou nada,  porque o ataque dos terroristas do Hamas em 7 de outubro deram a Netanyahu o motivo que ele esperava para ocupar os territórios palestinos.

NADA DE NOVO – Esses crimes que ocorrem na Faixa de Gaza, contra cidadãos indefesos, demonstram que as lições da História não foram apreendidas. Líderes messiânicos, como Mussolini e Hitler, levaram seus países rumo ao abismo, o que gerou o genocídio da Segunda Guerra. Os líderes atuais, repetem o mesmo drama.

Aqui no Brasil, estivemos às portas,de uma nova ditadura, da qual escapamos. No entanto, os brasileiros, precisam ficar alertas, porque existe o perigo de um retrocesso, que está nítido na tentativa de o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, insuflados pelos senadores bolsonaristas, golpear o Judiciário, submetendo as decisões judiciais do Supremo, ao crivo do plenário do Senado. É uma cópia amarelada do projeto de Benjamin Netanyahu.

Se passar essa excrescência no Senado, passaremos a viver em um vale-tudo. Não está bom em lugar algum do planeta. Trump está liderando as pesquisas para a eleição em 2024 nos EUA. Salve-se quem puder.

6 thoughts on “Até os EUA, aliado de Israel, reconhecem que já foram mortos palestinos demais…

  1. Sr. Newton

    Cadê o Grupo Terrorpetista do MST .??

    Lira consegue reintegração de posse em área que nunca declarou à Justiça Eleitoral

    Parte de fazenda era ocupada por posseiros em Pernambuco; deputado afirma que segue a legislação e declara patrimônio à Receita

  2. Por ironia do destino , os ataques perpetrados pelos membros do ” HAMAS ” , serviram como tábuas de salvação política do primeiro – ministro de Israel Binyamin Netanyahu , que o mantém no cargo até hoje , e não duvido que cedo ou tarde , se provará que esses ataques a Israel fizeram parte de uma trama criminosa dentro dos próprios órgãos de segurança de Israel para manter o primeiro – ministro de Israel Binyamin Netanyahu , tal como aconteceu nos USA , em 11/09/2011 , ou seja , o primeiro – ministro de Israel Binyamin Netanyahu deveria agradecer ao ” HAMAS” por sua permanência no cargo , juntamente com sua corja .

  3. Que artigo fantástico e perfeito mostrando que não é o povo de judeu que quer o rumo que tomou essa guerra, é um minoria bem pequena de judeus aliados ao extremista de direta Netanyahu.

    A origem dessa guerra foi a divisão do território da Palestina de maneira leonina comandada pelos EUA pensando na geopolítica no futuro para dominação de parte do oriente médio.
    O território destinado à Israel pega de norte a sul a Palestina que cercou Faixa de Gaza e a Cisjordânia que ficaram ilhadas. Muito conveniente. A Cisjordânia ficou sem saída para o mar mediterrâneo. Além disso os EUA fez de Israel um poderio bélico. Tudo isso pesando no futuro para dominação, ainda mais que sabe-se que há muito tempo que no mar da costa de Gaza tem gás e petróleo. Claro não vão permitir de Gaza explorar essa riqueza.
    Netanyahu já disse que vai ficar em Gaza por tempo indeterminado. Aí, mexeu com os interesses dos EUA, só por isso, os EUA já está discretamente indo contra os rumos que tomou essa guerra.

    A Cisjordânia vem sendo tomada por Israel, já existem 700 assentamentos espalhados em todo o território da Palestina por famílias israelense. Esse é o motivo que Israel apoiado pelos EUA não aceitam a Cisjordânia como um Estado.

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