Corte de juros (0,5%) não atende a CNI, que ataca “conservadorismo” do Copom 

A aposentadoria e a irracionalidade dos juros altos – blog da kikacastro

Charge do Glauco (Arquivo Google)

Deu na IstoÉ

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como “excesso de conservadorismo” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter o ritmo da redução da Selic em 0,50 ponto porcentual, conforme indicado no comunicado do BC após a conclusão da reunião de dezembro, nesta quarta-feira, 13.

“O cenário de controle da inflação justifica plenamente a redução da Selic em ritmo mais acelerado, e é isso que a CNI espera que seja feito nas próximas reuniões do Copom”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban, na nota.

REDUZIR MAIS – “É preciso – e possível – mais agressividade para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas e consumidores”, acrescenta.

Mesmo com as reduções na Selic em agosto, setembro e novembro, a taxa de juros real está em 8% ao ano, observa a CNI. “Ou seja, 3,5 pontos porcentuais acima da taxa de juros neutra, que não estimula nem desestimula a atividade econômica”, prossegue a nota.

“Isso deixa claro o quão contracionista tem sido a política monetária brasileira e que o patamar da Selic ainda é excessivo para o quadro de inflação corrente, assim como para a perspectiva de inflação futura, prejudicando o mercado de crédito e a atividade econômica”, conclui o presidente da CNI.

PROJEÇÕES FUTURAS – Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Neste momento, a instituição já está mirando também a meta de 2025. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua, de 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida.

INFLAÇÃO CONTROLADA – Na terça-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,28% em novembro, com uma inflação acumulada no ano de 4,04%.

Apesar da alta em novembro, a inflação neste ano está dentro do intervalo das metas de inflação perseguidas pelo BC. Para 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

No comunicado divulgado após o encontro, o comitê voltou a sinalizar que poderá cortar novamente a Selic neste mesmo patamar – 0,5 ponto percentual – nos próximos encontros. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O controle da inflação e da dívida pública é o dado mais importante da economia. Infelizmente, porém, o atual presidente da República e seus aliados do PT estão pouco se importando com inflação e dívida, querem estourar todas as metas, a pretexto de ganhar as próximas eleições. Apenas o ministro da Fazenda é contrário a essa sinistra estratégia e fica falando sozinho. Dá pena. Quanto à CNI, está apenas defendendo a indústria, que atravessa uma péssima fase. (C.N.)

7 thoughts on “Corte de juros (0,5%) não atende a CNI, que ataca “conservadorismo” do Copom 

  1. Que desafio é esse?
    Esse imbecil, pirou de vez?

    Será que esse lixo perdeu a noção do ridículo?

    Já foi devidamente massageado pelos atentos internautas.

    Será que passa pela cabeça desse energúmeno que tá nos enganando?

    Em que planeta vive este aloprado?

    Joga uma camisa de força nele!

    Não é possível que o sustento dessa M. sai dos nossos bolsos.

    José Luis

    https://x.com/lazarorosa25/status/1735046998112243884?t=ytUJFyVRZAUrcw-xGre71A&s=08

  2. Sr. Carlos Newton, sem querer o coloquei numa sinuca de bico.

    Tá difícil de escolher a piada do século entre essas duas.
    A da dilma como mulher economista do ano, perde fácil pro Wonka.

    Essas duas são imbatíveis.

    Só será decidido no photochart.

    Um abração,
    José Luis

  3. O presidente do Banco Central está diminuindo os juros a conta gotas para dar tempo ao mercado financeiro arranjar outra maneira de ganhar dinheiro sem nada produzir.
    A taxa de juros altas leva o governo a tirar do Orçamento centenas de bilhões de Reais para apenas rolar a dívida. Isso faz com que o governo não tenha dinheiro nem para as necessidades mais elementares do povo.
    Se não fizer uma auditoria nessa dívida a maioria do povo vai continuar na miséria, pagando altos impostos para sustentar o mercado financeiro e aguardar ansiosamente a saída do bolsonarista Campos Neto do Bacen, nomeado por Bolsonaro com apoio de Lira. Essa foi a maior armadilha deixada pelo governo anterior para travar o governo eleito.

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