“Biografia do abismo” exibe malefícios que a polarização provoca na política

Thomas Traumann e Felipe Nunes no lançamento de 'Biografia do abismo'

Nunes e Traumnann mostram a radicalização negativa

Deu em O Globo

O cientista Felipe Nunes e o jornalista Thomas Traumann lançaram nesta segunda-feira, no Rio, o livro “Biografia do Abismo — como a polarização divide famílias, desafia empresas e ameaça o futuro do Brasil” (HarperCollins Brasil). A sessão de autógrafos ocorreu na Livraria Janela, no Shopping da Gávea.

A obra retrata como a divisão entre apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva — eleito com a margem mais apertada desde 1989 — e do ex-presidente Jair Bolsonaro se consolidou e transbordou para o cotidiano. “Está em jogo não a decisão sobre a economia, mas como quero criar filhos”, dizem os pesquisadores sobre os problemas gerados pela polarização;

INTOLERÂNCIA – A partir da análise de 99 mil entrevistas domiciliares entre 2021 e 2023, Nunes e Traumann tentam traçar por que a tolerância com a opinião divergente ficou tão curta e o acirramento nos grupos de WhatsApp não se encerrou mesmo depois do pleito.

Na eleição de 2022, o país viveu a consolidação de um processo de polarização extrema que transbordou dos palanques políticos para o dia a dia, com boicotes a marcas, longas amizades desfeitas, relações familiares rompidas, cancelamentos de artistas, atletas e influenciadores.

“Você deixa de falar com seu irmão, de conviver com pessoas que você ama. As pessoas estão se privando da presença. Eu só quero o que é igual a mim. É um termômetro de como a situação é doentia, da intolerância — afirmou Traumann, em entrevista recente ao Globo.

Entre os presentes na noite de lançamento estavam os economistas Fábio Gismbiagi e José Márcio Camargo, os cientistas políticos Jairo Nicolau e Sérgio Abranches e os jornalistas Fátima Bernardes, Andréia Sadi, André Rizek, Octávio Guedes e as colunistas do Globo, Míriam Leitão e Malu Gaspar.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Talvez o maior problema brasileiro seja hoje a intolerância causada pela polarização. A meu ver, o país precisa se livrar da polarização com urgência máxima. Tanto Lula quanto Bolsonaro representam um atraso de vida, como se dizia antigamente. (C.N.)  

8 thoughts on ““Biografia do abismo” exibe malefícios que a polarização provoca na política

  1. Pelo contrário!

    A melhor coisa a surgir no Brasil em décadas foi exatamente a polarização, finalmente o brasileiro está tomando uma posição política e defendendo ela. Finalmente os deputados estão sendo contados por seus posicionamentos ideológicos e não por cobranças de mesquinharias de seus currais eleitorais.

    A maior desgraça na politica brasileira foi justamente a “prudência e sofisticação” que comandou nossa república desde 88. Com uma oposição frouxa, que preferia contemporizar do que se opor de verdade.

    Foi justamente essa falta de polarização que permitiu que grupos corruptos, autoritários e hipocritas se apossassem do Estado.

    O PT nunca teve uma oposição de verdade, o PSDB sempre foi um mero concorrente e nunca um opositor de verdade.

    É até engraçado ler a imprensa falar de polarização, quando nunca vemos ela tratar a esquerda como “polarizada”, a esquerda nunca é tratada como radical, extrema, ultra… é sempre a direita que é “polarizada” e é sempre cobrada dela que deixe de ser.

    Nem mesmo loucos como Maduro ou Ortega são tratados como extrema esquerda, aliás nem de esquerda são chamados, são outra coisa, algo desconhecido sei lá, talvez de direita como disse o imbecil do Barroso.

    Bem vinda a polarização!

    • Concordo plenamente com sua análise.
      Que polarize ainda mais, vai mostrar que está nu e quem esta vestido.
      Essa Biografia do Abismo foi feita sob medida pra incensar os novos adeptos da tal Terceira Via.

  2. 1) Lamentável polarização… o médium Chico Xavier em sua última entrevista publicada no jornal Folha Espírita profetizou que havia possibilidade do Brasil se dividir…

    2) Se continuarmos assim seguiremos tristemente divididos e lembro do antigo ditado: “dividir para reinar”…

    3) Concordo com CN e a nota da Redação.

    • Dividido o país e a sociedade já estão, e faz tempo, infelizmente, da pior maneira possível, copiada mal e porcamente dos EUA, o que nós precisamos fazer para unir e pacificar é organizar a divisão da melhor, mais evoluída e mais eficaz fórmula possível, como propõe a Revolução Pacífica do Leão.

  3. QUE fique bem claro, para evitar novos enganos seguidos de novas frustrações, que não adianta nada trocar uma polarização por outra polarização, ou seja, não adianta nada trocar a polarização Lula versus Bolsonaro pela polarização de um deles com um dos seus puxadinhos, ou dois puxadinhos dos me$mo$, que se fantasiam de terceira via, que implica em apenas tirar um dele$ da jogada, para continuar tudo como dantes no velho quartel de Abrante$, ou seja, todos conservadores do continuísmo da mesmice do sistema apodrecido, na verdade, candidatos ao colo do famigerado centrão. Portanto, não se enganem de novo. O Novo de verdade, na política do Brasil, que realmente acaba com a maldita polarização política nefasta dos me$mo$ é o megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, a nova via política extraordinária, o novo caminho para o novo Brasil de verdade, confederativo, com Democracia Direta e Meritocracia, a nova política de verdade, com Deus na Causa, porque evoluir é preciso.

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