Moraes devia fornecer nomes de quem pretendia enforcá-lo em praça pública

Tales of the Tarot: Chapter 12 - The Hanged Man - Liminal 11

Moraes virou personagem do baralho do Tarô

Mario Sabino
Metrópoles

Às vésperas do primeiro aniversário do quebra-quebra bolsonarista na Praça dos Três Poderes, o ministro Alexandre de Moraes deu uma entrevista aos jornalistas Mariana Muniz e Thiago Bronzatto. Está causando estardalhaço. Na entrevista, Alexandre de Moraes afirma que havia planos contra ele:

Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão.”

SUJEITO OCULTO – As afirmações são gravíssimas e, por serem gravíssimas, o ministro tem a obrigação de dizer quem planejou assassiná-lo. Se ninguém perguntou, é preciso perguntar. Se perguntou, e ele não respondeu, é imperativo que Alexandre de Moraes o faça. O sujeito das suas frases não pode permanecer indeterminado ou oculto, porque os planos seriam contra a instituição STF, na pessoa do ministro.

Passado um ano, supõe-se que os investigadores tenham reunido elementos suficientes para que Alexandre de Moraes possa apontar publicamente os cidadãos que tramaram executá-lo e desovar o seu cadáver no mato ou pendurá-lo na Praça dos Três Poderes.

Não convence alegar, por exemplo, que o inquérito é sigiloso e que os suspeitos poderiam fugir se tiverem os seus nomes revelados. Por muito menos, o ministro determinou prisões preventivas.

“ESTÁ TUDO BEM” – O aspecto curioso é que o próprio Alexandre de Moraes minora a gravidade das suas afirmações. Na sequência, ele diz que “tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem”.

Se o ministro não levou tão a sério as ameaças a ele, por que nós deveríamos? Isso não está certo, claro. É preciso que Alexandre de Moraes forneça nomes. A sociedade tem o direito de saber quem, precisamente, quis atentar contra a democracia que ela conquistou a duras penas.

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P.S.
Na entrevista, o ministro confirma o que eu sempre disse: o Exército não flertou em nenhum momento com a ideia de aderir a um golpe. Alguém diga isso para a Janja. (M.S.)

11 thoughts on “Moraes devia fornecer nomes de quem pretendia enforcá-lo em praça pública

  1. Está ocultando ação ou omissão em algo mais grave. Sugere que é Deus, o Todo Poderoso. O caso “Papai, ele me bateu”, no Aeroporto de Roma, foi fake news e ficou por isso mesmo. Agora, cria mais uma.

    Em tudo há limites. Será ?

  2. Não devemos nem pensar que haveria um outro plano, que consistiria em lhe arrancar os cabelos à mão: celeremente, seria criado o crime de “carecafobia”, ‘análogo’ ao de racismo.

  3. país triste, brasileiros passando fome, morrendo de frio, nas ruas, pais de familias desempregados, covardes matando companheiras, viagens caras e inúteis do ex-apenado, todos, agora, as voltas com o anunciado e revelado plano para assassinar o ministro Moraes. vamos ver até quando vai durar mais esta pantomima.

  4. O país vai mal ao longo desse desgoverno de 21 anos.

    O PT gerou o absurdo bolsonarismo, que foi o único capaz de trazer Lulla de volta.

    Pobre país rico…

    Amarrado, espancado, zombado, cuspido.

    As falas de Moraes caracterizam violência psicológica contra a população

    O maior vexame da história Global.

    É Fantástico…

  5. Uma narrativa de sonho. O sonho do ministro é entrar é entrar para a história como mártir da democracia brasileira. Entenda-se MÁRTIR VIVO, NÃO MORTO. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr

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