Lygia Maria
Folha
“Se você nunca pensou em dinamitar um porta-aviões, mandar pelos ares paióis de munição ou metralhar o palácio do governo, cuidado! Você pode vir a ser preso a qualquer instante”. Assim começa o artigo da revista Pif Paf, publicada por Millôr Fernandes em 1964, sobre a prisão do cartunista Claudius pelas forças de segurança da ditadura militar.
Mas, então, qual seria o motivo da detenção? Aí o texto escancara o aspecto surrealista dos regimes autoritários: “Nem você nem eles sabem por que você foi preso”.
TRANSPARÊNCIA – Por isso uma das bases do Estado democrático de Direito é a transparência das decisões judiciais, que garante o direito ao contraditório exigido pelo devido processo legal.
O cidadão precisa saber por que é investigado ou punido. A razão é evidente: evitar abusos de autoridade. É vital proteger o indivíduo do poder de polícia estatal.
Esse princípio, contudo, têm sido infringido por decisões do STF, muitas delas monocráticas, em casos envolvendo liberdade de expressão — notadamente aqueles sob comando do ministro Alexandre de Moraes.
NOVA CENSURA – Não se sabe quantas contas das redes sociais foram bloqueadas nem a justificativa para tal censura.
Sim, censura: remover conteúdo criminoso já publicado é diferente de proibir alguém de publicar. E numa democracia digna do nome, ninguém pode ser proibido de escrever ou falar.
À falta de transparência nas decisões soma-se a precariedade na caracterização dos crimes. Punir palavras que promovam “ataque à democracia”, por exemplo, é de uma vaguidão descomunal.
ALGO DE ERRADO – Não é preciso gostar de Elon Musk para perceber que há algo de muito errado na forma como STF, TSE e Moraes têm lidado com a liberdade de expressão nos últimos anos. Também não é preciso ser bolsonarista para criticar as cortes.
A esquerda democrática, como a da Pif Paf, sempre apontou abusos do Poder Judiciário e defendeu a liberdade de expressão, mas parece que agora resolveu vilipendiar sua história por motivação partidária rasteira.
A esquerda posa de Santo e defensor dos oprimidos. É só ver todos os governos comunistas que existiram e ainda existe, a realidade é bem diferente
Liberdade de expressão não é proibida. Apologia a crimes e notícias falsas prejudiciais à população são coisas muito diferentes da tal liberdade de expressão. A colunista critica o governo e o STF, mas ela foi bloqueada nas redes sociais por causa disso?
Fazer o que com uma pessoa que reiteradamente publica fake news prejudiciais à população? Aí tal pessoa vai preso (a) ou foge para o exterior, qual é a solução? Continuar permitindo essas publicações?
Chegamos ao cerne da questão. Fidel, por exemplo,
resolvia as controvérsias ideológicas com uma parede.
Fidel, o mafioso e servil “emperrador e acionador de freios e marcha à ré”, traiu Guevara e preparou sua morte.
Ainda acho “chancho” mais sanguinário.
O Idolo da Quadrilha do Ladrão matava até crianças sem dó com um tiro na cabeça…
Um sujeito que foi meu colega de trabalho e já é falecido, sempre dizia quando lhes diziam que alguém era maluco.
É maluco, mas não rasga dinheiro e nem limpa o “fiofó” com um serrote, só vai nas conveniências.
O mesmo pensamento se aplica para as correntes ideológicas, visto a falta de coerência que tanto exibem.
Sr. Newton
E o que tem de jornalista torcendo para a censura com a ditadura do Super vilão não está no gibi, como se dizia antigamente.
Aquele que um dia chamava o ladrão de ladrão é um dos top 10.
Abraço 🍿🍿🍿🍿
Ainda bem que estamos vivos para ver jornalista pedir censura em nosso país.