Vestido à caráter, um prefeito inteiramente depreparado
Bruno Boghossian
Folha
O prefeito de Porto Alegre deve ter achado que estava recebendo pouca atenção na tragédia gaúcha. Com novos alagamentos na cidade, Sebastião Melo (MDB) deu uma entrevista coletiva desastrosa. Disse que a chuva desta quinta-feira (23) foi intensa demais e se queixou de moradores que jogam lixo nas ruas.
Melo apontou o dedo para outro lado, mas direcionou os holofotes para o próprio gabinete. Todo município tem problemas com lixo acumulado. Em vez de culpar a população, ele poderia explicar por que sua administração não providenciou um reforço significativo na limpeza. “Talvez tenha que aumentar?”, indagou.
PRIVATIZAÇÃO – Na entrevista, um auxiliar indicou que uma concessionária desligou a energia de casas de bomba que fariam o escoamento da água. A prefeitura, segundo ele, não foi avisada. Melo não quis lembrar que votou a favor da privatização da empresa quando era deputado estadual.
Em seu quarto ano de mandato, com baixos investimentos em prevenção, o prefeito lançou uma proposta pouco inovadora ao dizer que o sistema de drenagem do município “precisa ser revisitado na sua totalidade”.
Depois, inspirado no governador Eduardo Leite, justificou a prioridade que faltou ao tema. “As agendas de uma cidade são múltiplas. A drenagem é uma delas”, afirmou.
PAPO DE POLÍTICOS – Certas reações a eventos críticos dessa natureza são um talento de uma categoria especial de políticos. Quando administrava a capital paulista, Celso Pitta afirmou que a responsabilidade por alagamentos era de “maus cidadãos” que jogavam lixo nas ruas. Quando cansou de reclamar do povo, passou a culpar o “descaso do governo estadual”
Outros preferem o deboche para escapar da responsabilidade. Em 2018, Marcelo Crivella deu de ombros para alagamentos no Rio. “Lá em São Paulo também tem enchente. Vão até lançar um programa novo: o Balsa Família”, disse ao jornal O Globo.
Em 2020, afirmou que a culpa era da população que atirava lixo nos rios. Naquele dia, um cidadão lançou uma bola de lama no prefeito.
Em um vídeo que está circulando nas redes ai da campanha eleitora de Manuela Dávila para a prefeitura de Porto Alegre de 2020. No vídeo em questão, ela fala sobre a necessidade de manutenção das casas de bombas de drenagem e da criação de planos e execução de obras para drenagem emergencial a fim de “livrar a cidade da invasão das aguas”. Em 20020.
Enquanto seu oponente, Sebastião Melo, atual prefeito de Porto Alegre, estava na rua dizendo que se Manuela ganhasse o povo ia ter que comer cachorro.
Pois é ….e agora José…
Esse é o nível de nossos políticos, falam e não tem noção do que estão dizendo.
“Em 2020, afirmou que a culpa era da população que atirava lixo nos rios. Naquele dia, um cidadão lançou uma bola de lama no prefeito.”
Errou o cidadão, uma agressividade praticamente insípida.
Deveria ter lançado uma bola de M.
Talvez fizesse mais efeito.
Mas, cá pra nós, nem despejando uma betoneira cheia de M. daria jeito.
A única coisa a se fazer é mandar esse sujeito pra cadeia e que sirva de exemplo pra outros irresponsáveis, que não são poucos.
Lembram da Boate Kiss?
Falaram que as medidas de segurança dos locais de festas e eventos seriam a partir desse dia tenebroso, fiscalizadas com extremo rigor em todo o País.
Ninguém está preso até hoje.
O Brasil não aprendeu nada e os alvarás desses lugares continuam a encher de dinheiro os irresponsáveis ao permitir o funcionamento de casas que podemos observar, não tem a mínima condição de receber público.
E porque isso?
Porque ninguém foi preso!
Simples assim!
Uma tragédia anunciada são alguns bares do bairro da Lapa, aqui no Rio de Janeiro, na verdade a grande maioria dos sobrados, são muito antigos e com instalações elétricas extremamente precárias, pra começar, os sobrados tem muita madeira, que é o combustível perfeito pra que outra desgraça seja consumada.
Obviamente, metem freezers e mais freezers na intenção de vender cada vez mais cerveja.
Obviamente, as cargas elétricas e projetos, já estão defasados. Tenho absoluta certeza que nada ali, é fiscalizado.
Então, é só esperar, que um dia, mais mortes irão ocorrer.
Com certeza, os órgãos fiscalizadores serão pela inércia. (autoridades, prefeitura, bombeiros e etc…)
Obviamente quele jogo de empurra começará novamente e ninguém irá preso.
Assim é o Brasil, um descalabro total onde os (ir)responsáveis por fiscalizar, fazem vista grossa e não se importam se por ventura acontecer uma tragédia, pois sabem que ninguém, irá preso.
Mas, o dindin já está no bolso do pilantra.
Voltando a Boate Kiss:
“Recursos ainda tramitam em cortes superiores. Passados dez anos do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, onde morreram 242 pessoas, ninguém está preso pelo caso. Quatro pessoas chegaram a ser condenadas no final de 2021, mas a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em agosto do ano passado.27 de jan. de 2023.”
Fonte: Estadão
É assim que funciona o nosso país!
José Luis
Amigão
Essa da Boate Kiss foi uma delas que ninguém ficou preso..
Naufrágio do Bateau Mouche IV, Mariana, Brumadinho, Edificio do Sérgio naya…
E as tragédias vão se acumulando e matando e destroçando famílias, e ninguém, ninguém fica preso no Páis da Impunidade…..
Acompanho na sua revolta e indignação de um Páis que não consegue cumprir as Leis Vigentes…
Grande Abraço….
KKK é coisa bem de brasileiro, depois da porta arrombada se põe a tranca. Soluções para resolver os problemas de Porto Alegre todo mundo tem, mas quem é que tem a coragem de começar a resolvê-los? Aí sim é que a porca torce o rabo. E confiar na memória do povo é a melhor coisa que se pode fazer nesta hora, quem é que vai ficar se preocupando com problemas futuros? Eu preciso resolver os problemas hoje, agora e não amanhã. E é assim que se administra a coisa pública no Brasil, apostando na falta de memória do povo.
Senhor Espectro , e o mais doloroso dessa tragédia toda , é que se esta gastando uma fortuna de dinheiro público , para os juízes ficarem fingindo de que estão interessados , promover a justiça e ficam e debochando e ludibriando as vítimas e a seus respectivos familiares .
Sr. José Carlos,
É exatamente isso!
Este país é o recordista dos absurdos.
Ninguém vai em cana?
Porque será?
Um abraço,
José Luis