Número dos “sem religião” aumenta nos Estados Unidos, especialmente entre os jovens

A imagem apresenta uma composição artística com um fundo verde. No centro, há uma grande moldura dourada contendo a figura de um homem vestido com uma túnica vermelha, posicionado em frente a uma janela com vitral. Ao redor, há quatro molduras menores, cada uma contendo um objeto histórico: uma televisão antiga, um gramofone, um telefone de disco e uma máquina de escrever. Os objetos estão dispostos de forma simétrica em relação à figura central.

Ilustração de Anette Schwarstman (Folha)

Hélio Schwartsman
Folha

Por um tempo, pareceu que os EUA não seguiriam o caminho da Europa Ocidental e permaneceriam uma nação firmemente religiosa. Não dá mais para acreditar nisso. Os números não são mais favoráveis às igrejas. Em 1991, 6,3% dos adultos americanos diziam não ter nenhuma filiação religiosa. Em 2021, já eram 29,3%.

E as coisas ficam muito piores se deixarmos de olhar para a população como um todo e nos concentrarmos nos jovens. No recorte dos 18 aos 29 anos, os sem religião passaram de 7,9% para 43,4%.

OUTROS INDICADORES – Algo parecido ocorre com vários outros indicadores de fé religiosa. Dados impressionantes de fechamento de igrejas, seminários e escolas religiosas reforçam essa percepção.

Christian Smith, autor de “Why Religion Went Obsolete” (Por que a religião ficou obsoleta), traz esses e muitos outros números. A tese de Smith, como reza o título, é a de que, para os mais jovens, religiões tradicionais se tornaram algo obsoleto. E ele não se limita a constatar isso. Tenta entender as razões que levaram a esse movimento.

Explicações incluem desde o fim da Guerra Fria, que sepultou a ideia do “inimigo ateu”, até os ataques do 11 de Setembro, que tornaram mais difícil identificar a religião como uma fonte de moralidade. Mudanças no estilo de vida, que reduziu o tempo disponível para atividades comunitárias, também entram.

MUITOS DANOS – Há ainda danos autoinfligidos, como os vários escândalos sexuais envolvendo clérigos. Smith é bem extensivo em suas análises.

Uma conclusão surpreendente é que os jovens americanos, embora estejam se afastando das religiões tradicionais, não estão necessariamente se secularizando, como teriam desejado os iluministas. Ao contrário, os dados do autor permitem vislumbrar um movimento de reencantamento do mundo, visível no grande número dos que fazem questão de se dizer “espiritualizados” ou que abraçam crenças esotéricas: 16% dos millennials acreditam firmemente em tarô e 21% acreditam, mas sem certeza absoluta.

Meu comentário: pulamos da frigideira para o fogo.

12 thoughts on “Número dos “sem religião” aumenta nos Estados Unidos, especialmente entre os jovens

  1. STF tem 3 votos a 0 contra decisão que suspendeu escolas cívico-militares em SP

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    Fácil acabar com a palhaçada. Basta que se mude o nome: Escola Cívico-Disciplinar, por exemplo.

  2. Porque sem religião, significa acreditar que exista um poder maior criador, àquele que, à despeito das estelionatárias denominações religiosas, tem um nome então conhecido e amado, pronúnciado conforme “Meu Nom e Será Lembrado de Geraçào em Geração, por Àqueles que Me Conhecem e Me Amam”!(Salmos 148: ….4,5,6,7,…..!
    PS. Grassa a Apostasia ou descrença no mundial “171, da fé”!

  3. Sr. Newton

    Noticia saindo do forno..

    O Lixonel Carlos Lupi, pede demissão do desgoverno corrupto do Ladrão de Nove Dedos…

    “..Lupi pede demissão após escândalo de fraudes contra aposentados

    Ministro foi alertado pelo conselho da Previdência Social em 2023, mas demorou a agir

    • Sr. Newton

      Uma observação

      Esse ladrão corrupto do Partideco do Lixonel Brizolixo o famoso El Ratoncito (supostamente chamado pelo Fidel). vai devolver todo os bilhões roubados nos velhinhos aposentados.???

    • E o dinheiro ? E o frei de araque ? E as prisões ? E as 48, 72, 96, 120 … horas para intimados responderem ? Os lesados e demais irão compulsoriamente pagar o rombo. E os ladrões ? Ora, vão gastar o dinheiro. Quem sabe, no exterior ?

  4. Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.

    Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:

    I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;

    II – expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

    III – apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;

    IV – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.

    Por conseguinte: O larápio sabia – pelo art. 87, Parágrafo único, Inciso III – ou deveria saber, pela “Teoria do Domínio do Fato”.

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