
Autoritarismo do ministro Moraes parece não ter limites
Vicente Limongi Netto
O impoluto dono do monopólio da verdade, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), continua altaneiro com o torpe e vil propósito de exibir arrogância com tudo e com todos que tenham a petulância e a coragem de discordar de suas ações e de suas palavras.
Desta feita, Moraes teve a audácia de ameaçar prender Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa e ex-presidente da Câmara Federal, durante seu depoimento como testemunha de defesa do Almirante Almir Garnier Santos, ex-ministro da Marinha no governo Bolsonaro.
HOMEM HONRADO – Nos meus 50 anos como repórter de política e, depois, como servidor do Senado Federal, conheci poucos homens públicos com a polidez, competência e educação de Aldo Rebelo, que cultivou respeito, admiração e amizade com todos os segmentos da vida brasileira.
Aldo nunca foi leviano ou injusto com ninguém. Como presidente da Câmara Federal deixou marcas de elegância, diálogo, tolerância e fino trato com todos. Patriota autêntico.
Moraes, por sua vez, como ministro da Suprema Corte, tem o dever e obrigação de tratar as pessoas, réus e testemunhas, com educação e serenidade.
SUPERPREPOTENTE – Não fica bem, junto aos brasileiros, Moraes ser esmerado em prepotência. Sobretudo porque o ministro do Supremo costuma bater no peito e se vangloriar dizendo que trabalha com base nos autos e devotado ao princípio jurídico de que todos têm o direito à presunção de inocência.
Passado o melancólico arranca rabo com o corinthiano Moraes, Aldo Rebelo, com o inseparável chapéu Panamá, vai seguir encontrando amigos para um descontraído cafezinho no bar da esquina.
Já Alexandre de Moraes, poderá, claro, ir beber um chope com amigos, no mesmo bar frequentado por Rebelo. Mas acompanhado por segurança e com colete a prova de bala. Essa é a diferença entre pessoas que são amadas ou odiadas. É bom não arriscar. Seguro morreu de velho.
Acredito que esteja forçando uma aposentadoria precoce para poder usufruir de tudo que “conquistou”. E não é só ele. Pensem nisso !
Qualquer servidor público que deseja um cargo tem que passar em concurso publico. Ali ele concorre com vários candidatos. Passa o melhor para ocupar o cargo oferecido.
Já o candidato ao cargo para STF, tem que ser amigo do Presidente em exercício, Não precisa de qualificação, poder até ser um advogado de porta de cadeia. Com isso o STF torna um reduto Partido Politico.
O certo para ocupar cargo no STF, deveria ser pessoas oriunda do cargo mais elevado da magistratura e com o melhor currículo.
O Moraes, quem não o conhece? E, só age como age porque tem total apoio das FFAA. E, pode-se ver, pelos depoimentos, o medo que os “generais” têm dele. O Brasil vive uma ditadura que ao contrário da de 1964, as FFAA estão por detrás do ditador e, naquela, as FFAA era a própria ditadura. O que não deixa de ser interessante é que as FFAA estão sempre envolvidas com as ditaduras.
É um chucro que só se dá bem no meio dos iguais.
1) Tenho o maior respeito e admiração pelo ex-ministro Aldo Rebelo, acompanhei ao longo da vida sua trajetória política… nada tenho que o desabone…
2) Só elogios…
Senhor Mário Renato , já existe em leis as condições para uma pessoa ocupar uma vaga no STF , ou seja , conduta ilibada , notório saber jurídico , sendo que na realidade essas premissas legais , em geral não são respeitadas pelos legisladores , que endossam e aprovam as indicações do chefe de governo e de estado Presidente da República plantonista no momento , ou seja , os agentes ” senadores x deputados ” do poder legislativo que deveriam fiscalizar não o fazem , em total desacordo com a legislação Brasileira .
Qualquer servidor público que deseja um cargo tem que passar em concurso publico. Ali ele concorre com vários candidatos. Passa o melhor para ocupar o cargo oferecido.
Já o candidato ao cargo para STF, tem que ser amigo do Presidente em exercício, Não precisa de qualificação, poder até ser um advogado de porta de cadeia. Com isso o STF torna um reduto Partido Politico.
O certo para ocupar cargo no STF, deveria ser pessoas oriunda do cargo mais elevado da magistratura e com o melhor currículo.
Por que chegamos a esse ponto? Humilhação e avacalhação.
Falta de cortesia e respeito. Grosserias gratuitas e “persecutio criminis” distantes de busca pela autoria e materialidade, mas eivadas de criatividade.
A resposta se resume na conivência de parlamentares inúteis (são raras as exceções), grande parte da mídia (que se deixou domar) e Executivo (de onde ninguém espera nada mesmo) levando o país para esse colapso institucional.
O que aconteceu com Aldo Rebelo e tem acontecido com tantos outros (com baton, algodão doce ou quatro estrelas no ombro) revela (o que todo o país constata) que a CF está sofrendo violência jamais imaginada.
Onde está o exercício regular do direito?
Onde está a fundamental imparcialidade do juiz?
A humilhação de testemunhas por parte do juiz é incompatível com a função judicial e com os princípios do devido processo legal. O Código de Processo Penal estabelece regras para a inquirição das testemunhas, incluindo a proteção da sua dignidade e do direito a um processo justo.
“Discussão acalorada”?
Um jornal publicou: “Aldo Rebelo e o ministro Alexandre de Moraes tiveram discussão acalorada durante depoimento de Rebelo ao STF. Nessa sexta-feira (23/5), Rebelo depôs como testemunha de defesa de Almir Garnier, no âmbito de ação penal que trata de suposta trama golpista”.
Acalorada? Alguém está certo disso? Definir desse modo instantes de agressividade em oitivas contra testemunhas tem sido interpretado e tratado de modo escamoteado pela imprensa.
É o que grande parte da mídia está fazendo, sempre com rodeios, desculpas, subterfúgios, razão pela qual o falecido jornalista Hélio Fernandes criou a expressão “imprensa amestrada”, para se referir àquela imprensa que se tornou mansa, domada, domesticada.
Aldo Rebelo não discutiu com calor, apenas respondeu com inteligência e verdade ao que foi indagado.
A ameaça que sofreu, sim, estava impregnada calor, de ódio, desrespeito e intimidação. Aliás, como tem sido recorrente. Os advogados protestam, as testemunhas protestam e nada adianta.
O Senado Federal e seus fracos parlamentares (quase todos), continuam silenciosos.
O presidente da Casa, indiferente…
Não faz muito tempo, sempre sob o signo da liberdade, Tribuna da Internet, estampou:
“Chegou a hora de parar Moraes, antes que leve ao ridículo a democracia brasileira”.
Ao final do texto o editor, em “Post Scriptum” (P.S.) concluiu:
“A iniciativa de conter os impulsos de Moraes deveria partir do atual presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, mas ele se comporta como um zumbi robotizado, a repetir indefinidamente que o Supremo salvou a democracia. Em Brasília, todo mundo sabe que no Brasil só existe uma instituição capaz de salvar a democracia – é o Estado-Maior do Exército. E o resto é folclore, como diz nosso amigo Sebastião Nery”.
Curtinhas
(alguma coisa parecida com tirinhas):
PS.: A Lei Magnitsky, projeto de lei bipartidário aprovado pelo Congresso dos EUA e sancionado pelo presidente Barack Obama.
A rede de televisão “oficial” do Governo e seu consórcio pode reduzir gargalhadas. Companheirada e esposas “estão gastando como se não houvesse amanhã. Mas tem sim um amanhã… a temida Lei Magnitsky.
PS. 02: Comentarista da rede de televisão “oficial” do Governo, que não se trata da TV Brasil, informa que a diplomacia brasileira tem um trunfo que é a embaixadora em Washington, Maria Luiza Viotti, para neutralizar o “estrago” que o Eduardo Bolsonaro vem fazendo…
Deltan Dallagnol, em seu canal no You Tube, curioso sobre a embaixadora: “quem é ela na fila do pão?”
PS. 03: Enquanto isso na “sala de injustiça” ou “escolinha do professor (tio) Alexandre”: “(…) o ministro Alexandre de Moraes advertiu o ex-ministro da Defesa de que poderia ser preso por desacato, caso não se comportasse”.
Não vai demorar teremos o “cantinho do pensamento”, decisão de “ajoelhar no caroço de milho” incluso na sentença com o cumpra-se.
PS. 04: Próximos presidentes do STF: Edson Fachin. 2025-2027; Alexandre de Moraes. 2027-2029; Nunes Marques. 2029-2031; André Mendonça. 2031-2033…Sem saída… apertem os cintos…
PS. 05: Aldo Rebelo publicou vídeo com críticas ao STF após ser ameaçado de prisão por Moraes. Ex-ministro da Defesa disse Brasil tem “11 constituições ambulantes”.
PS. 06: Foi grande a contribuição de Ives Gandra na atual Constituição do Brasil com participação ativa na Assembleia Constituinte de 1988, o jurista foi convidado por Antônio Delfim Netto para integrar e participar da Subcomissão da Ordem Econômica.
Hoje, aos 90 anos, o jurista Ives Gandra Martins enfrenta uma representação na OAB-SP por suposta incitação a “golpe de Estado”.
Isso faz lembrar a frase “o Brasil mata heróis. Nunca tivemos prêmio Nobel”. Os brasileiros não reconhecem ou apoiam seus maiores talentos, resultando na falta de reconhecimento internacional, como um Prêmio Nobel.
PS. 07: O PGR, Paulo Gonet, cometeu uma gafe durante a oitiva do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo ao STF. Após fazer uma pergunta a Rebelo e ser contestado pela defesa do ex-ministro, Gonet, sem perceber que o microfone estava aberto, afirmou que “fez cagada” na pergunta.
PS. 08: E teve mais gracinhas. Flávio Dino causou surpresa ao ler, em plenário, um comentário ofensivo enviado à ouvidoria do STF.
No texto, um cidadão se referia a ele com o termo “rocambole do inferno”, além de acusações envolvendo outros nomes públicos como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Dilma Rousseff. Dino rebateu com bom humor, afirmando que, na época mencionada, ele “tinha 11 anos e estava brincando de carrinho”.
Fonte:
https://www.metropoles.com/brasil/apos-embate-com-moraes-aldo-rebelo-dispara-criticas-ao-stf
https://ndmais.com.br/politica/paulo-gonet-esquece-microfone-ligado-e-comete-gafe-no-stf/
Continuem apoiando a esquerda imunda.
“Vossa vez chegará”, alertam aquelas que sofrem e sofreram pelo 08/01.
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/nunca-me-senti-tao-humilhado-diz-jornalista-preso-no-8-de-janeiro/
Prezado jornalista e articulista da TI, Vicente Limongi. Segue a opinião de seu admirador extasiado:
Concordo com seus adjetivos merecidos para o ex- Ministro da Defesa, Aldo Rebelo. É um político da mais alta envergadura e detentor de ilibada reputação.
Não estava lá na audiência para captar o tom utilizado por Aldo na resposta ao questionamento do ex- senador e advogado do almirante Garnier, o goiano Demóstenes Torres.
Tratava-se da alusão ao termo:Estou a disposição de vossa excelência senhor presidente”. Será que Garnier quis dizer que estava com Bolsonaro para desferir o Golpe contra a Democracia ou implícito estava que as tropas navais também estavam a disposição?
Então, Aldo Rabelo preferiu um atalho ao responder, que na gramática portuguesa, estar a disposição não significaria apoiar a tentativa de golpe, portanto, a testemunha na resposta agiu como advogado de defesa do réu, Almirante Garnier.
A natureza humana, age com o coração na frente da razão. No exercício do cargo de Ministro da Defesa, nomeado pela presidente Dilma Rousseff, Aldo Rabelo tinha entre seus auxiliares, o Almirante Garnier e provavelmente não acreditou, que seu ex- auxiliar, pudesse apoiar a aventura golpista. Logo interpretou a sua maneira nesta resposta e nas outras que vieram, como afirmar, que existe uma Cadeia de Comando para que uma Força, no caso a Marinha, coloque suas tropas a disposição para um provável Golpe de Estado.
No mínimo, o Comandante das Operações Navais, o Almirante Olsem, na época dos fatos e hoje o atual Comandante da Marinha precisava ser avisado e concordasse com Garnier.
Importante salientar, que o ministro relator, Alexandre de Morais, subiu o tom de maneira rude com Aldo Rabelo, trazendo para si, críticas generalizadas e que poderiam ser evitadas.
O fato é que, o magistrado, que seria o alvo principal de um assassinato, conforme descrito no curso do planejamento do Pinhal Verde e Amarelo e que está ameaçado de sanções dos Estados Unidos, conforme declarado no Congresso americano, nas palavras do Secretário de Estado, Marcos Rúbio, tudo isso e muito mais, tem deixado o Ministro Alexandre de Morais, com os nervos a flor da pele e esse Estado de coisas, tem suas consequências na condução das oitivas das testemunhas.
Contínuo com minha opinião, particular e contingente, de que o Ministro Alexandre de Morais ditado de impressionante coragem para tocar o processo da tentativa de Golpe de Estado, agora atingindo o andar de cima envolvendo militares de alta patente, parlamentares, policiais federais e outras figuras menos viradas da elite desse país. Isso é de um ineditismo desde o nascimento da República. Até aqui, somente os pobres iam parar atrás das grades. Quando a possibilidade se torna real de punição dos membros da elite nacional é razoavelmente concebivel, o ataque sem trégua ao responsável pelo inquérito do Golpe, o ministro Alexandre de Morais.
Quando terminar o Inquérito, tudo voltará a normalidade e o ministro Alexandre deixará de ser o centro das atenções gerais.
A vida seguirá em frente e outro ministro ocupará as atenções de todos. Aposto que o ministro Flávio Dino, já está no radar do Congresso.