CV tem arsenal moderno, sofisticado e com grande poder de fogo

Brasil Soberano e Livre: Veja momento em que drone do CV arremessa bomba  durante megaoperação no RJ

Criminosos usavam drones para lançar bombas na polícia

Isabella Menon
Folha

O CV (Comando Vermelho), mais antiga facção do Rio de Janeiro, dispõe hoje de um arsenal considerado moderno, sofisticado e com grande capacidade letal, de acordo com especialistas. Na operação contra a organização criminosa realizada nesta terça-feira (28), os criminosos ligados ao grupo chegaram a usar drones com granadas contra a polícia, que apreendeu mais de 100 fuzis.

Diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo apontou o poder bélico que a facção demonstrou durante a ação policial.

SITUAÇÃO GRAVE – “A quantidade de armamento e trocas de tiros com armas de uso militar mostram a gravidade da situação”, disse ela, que destacou que o estado não pode ficar refém desses grupos. E considera que mesmo “operações como essa não são suficientes para vencer o poderio bélico do crime organizado.”

Já o especialista em segurança Vinicius Cavalcante, presidente do Conselho Empresarial de Segurança da Associação Comercial do Rio de Janeiro, diz que o armamento da facção é de alto custo e tem grande alcance.

“Há fuzis com carregadores de grande capacidade —para até 40 tiros— e lunetas. Estes são acessórios de difícil obtenção, caros e conferem ao criminosos a capacidade de acertar um alvo de uma distância entre 400 a 500 metros”, diz ele, calculando que cada fuzil equipado pode passar de R$ 60 mil.

FUZIS IMPORTADOS – Cavalcante afirmou que, entre os armamentos, há fuzis de diferentes procedências, como o FAL (Fuzil Automático Leve).

“É o mesmo fuzil que era utilizado pelas Forças Armadas do Brasil, mas não necessariamente são capturados do Exército ou forças policiais, porque já tivemos por aqui histórico de fuzil oriundo da Bolívia e da Argentina”, diz o especialista, que também destaca a presença do fuzil HK-G3, que “parece novo” e deve ter origem nos Estado Unidos ou na Alemanha.

Ele explica que é comum o uso de armas por facções chamadas de “Frankenstein”, ou seja, montados de forma artesanal a partir de peças obtidas no mercado ilegal. Essa prática, comum no México e hoje disseminada no Brasil, permite que criminosos fabriquem armas potentes a partir de pedaços de outras o que, segundo Cavalcante, reduz custos e riscos de apreensão nas fronteiras.

ATÉ DRONES – Ex-policial federal e doutorando do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Roberto Uchôa afirma que as imagens divulgadas demonstram uma variedade de modelos de fuzis de diferentes origens e fabricantes, além de outras armas, como drones lançadores de granadas e bombas.

Uchôa, que é autor do livro “Armas para Quem? A Busca por Armas de Fogo” (ed. Dialetica) diz que é importante uma análise pericial dessas armas para tentar entender os modelos.

Ele calcula que apenas um fuzil, no mercado ilegal, custa entre R$ 60 e 70 mil reais a unidade. “Estamos falando de um prejuízo de cerca de R$ 5 e 6 milhões de reais. Não acho que o Comando Vermelho terá muita dificuldade em repor.”

ALGO INADMISSÍVEL – O especialista considera que a existência de territórios controladas por criminosos em diversas cidades brasileiras deveria ser considerado algo inadmissível, “mas é uma realidade com a qual milhões de pessoas convivem diariamente”.

No Rio de Janeiro, diz ele, foram décadas de controle exercidos ora por facções, como CV, TCP (Terceiro Comando Puro), ADA (Amigos dos Amigos) ou milícias, sendo que o ponto em comum sempre foi a submissão de regiões inteiras ao controle do crime organizado. E isso não pode continuar.

8 thoughts on “CV tem arsenal moderno, sofisticado e com grande poder de fogo

  1. ‘Nenhum bandido importante no Brasil mora em favela’, diz ex-secretário Nacional de Segurança

    Ricardo Balestreri critica lógica de combate e alerta que facções estão cada vez mais ricas e infiltradas nas instituições.

    (xxx)

    ‘Nenhum bandido importante no Brasil mora em uma favela’, diz especialista em segurança pública

    Ricardo Balestreri, que tem atuação federal e estadual na área, critica lógica de combate em operação contra o crime organizado e alerta que facções estão cada vez mais ricas e infiltradas nas instituições

    Fonte: O Globo, Rio, 30/10/2025 04h25 Por Bernardo Mello – Rio de Janeiro

    • ‘Nenhum bandido importante no Brasil mora em favela’, diz ex-secretário Nacional de Segurança

      Deve está falando do Irmão do Narcola, Frei Chico…

      acertei.??

  2. O CV (Comando Vermelho), mais antiga facção do Rio de Janeiro, dispõe hoje de um arsenal considerado moderno, sofisticado e com grande capacidade letal, de acordo com especialistas. Na operação contra a organização criminosa realizada nesta terça-feira (28), os criminosos ligados ao grupo chegaram a usar drones com granadas contra a polícia, que apreendeu mais de 100 fuzis.

    Por quê o stf – na figura do cabeça de zigoto – não intima o Comando Vermelho para atestar a veracidade do trecho acima ?

  3. A fala de Lewando o wisky simboliza a cegueira deliberada dos canalhas que nos desgovernam há décadas:

    “Né terrorista não. Terrorista tem que ter ‘ideologia'(sic)”

  4. A desconfiança e insegurança mudará de lado!
    Assim como o Methanol acrescentado nas bebidas, poderemos ouvir depois de amanhã que o arsenico ou outro componente mortífero fez parte do recheio das drogas e que ocasionou a desconfiança e fuga dos usuários, causando prejuizo Internacional à produtores, traficantes e chefes desses cartéis!
    PS. A “arma silenciosa”: Cheirou, experimentou ou usou, babáu Tia Chica!

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