Megaoperação é considerada a mais letal da história do Rio
Luana Patriolino
Correio Braziliense
O Ministério Público Federal (MPF) requisitou, nesta terça-feira (4/11), ao estado do Rio de Janeiro informações sobre o uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de 121 pessoas — a mais letal da história. O objetivo é esclarecer se houve uso de verbas federais na força-tarefa, que resultou em graves denúncias de violação de direitos humanos, com elevado número de mortes de moradores das comunidades e de quatro policiais.
A solicitação foi assinada pelo procurador da República Eduardo Benones no âmbito de procedimento do órgão em curso desde abril, que fiscaliza os repasses e a aplicação dos recursos do fundo pelo Rio de Janeiro.
DESTINO DAS VERBAS – A apuração visa atender determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF das Favelas. Por decisão da Corte, cabe ao MPF a tarefa de acompanhar a destinação das verbas federais voltadas à segurança pública no estado, em especial às destinadas a políticas de redução da letalidade policial.
No despacho, Benones lembra que a megaoperação resultou em um número elevado de mortes, além de relatos de uso excessivo da força, mutilações e execuções sumárias. O documento enfatiza que, caso confirmadas as informações, o episódio poderá configurar grave violação de direitos humanos, inclusive, com risco de responsabilização internacional do Estado brasileiro.
Para o Comitê Gestor do FNSP, o Ministério Público Federal solicitou informações sobre o acompanhamento e a fiscalização da aplicação das verbas federais pelo Rio. O órgão deverá esclarecer se a execução dos recursos observou as finalidades previstas em lei.
TRANSPARÊNCIA – O MPF também pediu informações para a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio. A pasta deverá encaminhar relatórios de planejamento e execução da operação, identificar os órgãos envolvidos, além de detalhar a utilização de equipamentos adquiridos com recursos federais e apresentar as medidas adotadas para garantir a transparência, a integridade e o armazenamento das imagens captadas pelas câmeras corporais dos agentes.
A operação contra o Comando Vermelho levou 2.500 agentes da força de segurança do estado para cumprir 100 mandados de prisão. Ao iniciarem os trabalhos, durante a madrugada de terça-feira da semana passada, os policiais foram recebidos a tiros por traficantes. O caos interrompeu o funcionamento de serviços essenciais em toda a região metropolitana da capital.
Penso que os nobres servidores do MPF precisariam participar dessas operações na linha de frente para compreender o que é enfrentar bandido armado com um fuzis e drones lançando bombas. Talvez entendessem o real sentido dos direitos humanos.
O esforço do desgoverno federal para tirar o sofá da sala é imenso.
Poxa , estão criando um verdadeiro ” escarcéu ” devido a operação policial , onde morreram cerca de 120 pessoas , mas ninguém se lembra dos quatros policiais que tombaram no exercício de suas atribuições legais em defesa da sociedade local .
Amigo José Carlos,
Além dos quatro policiais, um delegado de polícia foi morto.
Abs.
CN
Sim .
Desculpem-me por não mencionar o delegado tombado na operação .