Sobram estranhos enigmas e faltam respostas objetivas naquela Esplanada dos Ministérios

O Congresso Nacional e a Esplanada dos Ministérios, vistos de cima

Na Esplanada, há muitos mistérios que continuam sem explicação

José Casado
Veja

O governo diz não ter imagens gravadas dentro da sede do Ministério da Justiça durante o atentado de 8 de janeiro. Também diz não possuir gravações do Ministério da Defesa sobre uma suposta audiência clandestina de Walter Delgatti Netto, prestador de serviços de espionagem eletrônica, com o ex-ministro Paulo Sergio Nogueira e sua equipe de especialistas em sistema de votação eletrônica.

Nos dois casos alegam-se razões contratuais para inexistência de armazenamento de gravações em video, o que é paradoxal numa época em que é rotineira a preservação de dados em “nuvem” — coisa banal, tanto no sofisticado sistema financeiro quanto na telefonia celular.

NÃO HÁ SEGURANÇA – Seriam falhas pontuais, não fosse a extraordinária fragilidade da administração pública federal, estadual e municipal na gestão de informações dos cidadãos e na segurança do patrimônio público.

Ano passado, por exemplo, o Ministério da Saúde ficou virtualmente paralisado durante três semanas por causa de uma invasão na sua rede de computadores.

Até hoje não sabe exatamente o que aconteceu e qual a dimensão das perdas de informações armazenadas. Mês passado, publicações especializadas relataram um ataque hacker à Fiocruz, no Rio, com vazamento de 500 Gigabytes de dados sobres pesquisas.

Da mesma forma, não se sabe o que efetivamente ocorreu no apagão de energia elétrica de três semanas atrás que deixou 25 Estados sem eletricidade.

OUTROS MISTÉRIOS – Permanece desconhecida, ainda, a origem das falhas de segurança no armazém da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ) que possibilitaram o sumiço – ainda não esclarecido – de pelo menos duas cápsulas com amostras de urânio enriquecido, gás hexafluoreto de urânio (UF6), usado na produção de combustível para as usinas nucleares de Angra dos Reis.

O desaparecimento desse material radioativo só foi percebido em julho. O governo não faz ideia de quando sumiu e, muito menos, quem levou tubos de oito centímetros com gás UF6.

Coisas estranhas se sucedem nos bastidores de Brasília: imagens de vigilância não armazenadas por contrato; invasões e sequestros de redes de dados; apagão de energia de causa incerta, e, roubo de urânio enriquecido dentro de área supostamente de segurança máxima. Sobram enigmas, faltam respostas objetivas na Esplanada dos Ministérios.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mais um excelente artigo de José Casado. Pegou vários incidentes esparsos, estabeleceu um raciocínio que indiscutivelmente os une, para então repetir um pensamento shakespeariano e mostrar que no Brasil também há mistérios que desafiam a nossa vã filosofia. (C.N.)

10 thoughts on “Sobram estranhos enigmas e faltam respostas objetivas naquela Esplanada dos Ministérios

  1. Faltou mencionar a explosão na base de lançamentos de foguetes na ” Barreira do Inferno ” no RN , onde morreram vários profissionais , que até hoje não se sabe o que verdadeiramente contribuiu para tal explosão , acarretando um atraso em anos de pesquisas aeroespaciais , além das dores causadas aos familiares pela perda dos profissionais mortos , e falta de respostas .

  2. Sem falsa modéstia…

    Já tinha afirmado logo no início dessas “CPIS”, que não daria em nada.

    É a Divina Comédia do Dante Alighieri.

    Falta saber pela ordem,quais os sete infernos.

    Congresso, Judiciário,etc …
    A CASTA diz,”imprensa é 1° inferno- satanás”.

    Será ????

  3. 1) Licença… há uma querela no ar que ganhou matéria no Estadão…

    2) https://www.brasil247.com/midia/duvivier-volta-a-atacar-zanin-e-suposto-gado-de-esquerda-em-entrevista-ao-estadao

    3) Garuda, o pássaro mitológico do Budismo-Hinduísmo informa que sobrevoou a Rua Duvivier em Copacabana, RJ, e fez por lá orações pacifistas…

    4) “Gado de direita ou gado de esquerda, se comportados, tem direito a se expressarem calma e pacificamente”… disse-me a ave…

  4. Já pensei em ter visto muita coisa nesse mundão véio, dos sessenta milhões de voto do Barba e as manifestações da esplanada dos ministérios e dos militares servindo cachorro quente aos parcos manifestantes. Caí do cavalo.
    Mas quem salvou o evento foi a Janja vestida de vermelho, ela e a Marina enquanto o Barba não recebeu uma só vaia e no palanque, todos risonhos, o que mais me impressionou foi ele olhando pra cima pra ver a esquadrilha da fumaça, de boca aberta.

  5. Ainda que os dados fossem, seriam recuperados.

    Brasília virou um grande parque de diversionismo.

    Estão tão certo da impunidade e descondenação que acabarão deixando novos rastros.

    Por enquanto o Totem mastiga sua jabuticaba.

    Essa bagaça não vai dar certo.

  6. PERGUNTA À MICHEQUE MIJOIA BOLSONARO-BORGIA XARACANTA-LABASSURIONDERRÁ! Desculpe a minha ignorância, primeiríssima dama da mais fina, proba, honesta, digna e tradicional casta evangélica governante do Brasil: Quando foi que o Jesus Cristo nórdico, da supremacia branca cristã, cabeleira louro prata-champagne, olhos azuis resplandecentes, chegou à Nazaré? Um acontecimento tão importante para o futuro da humanidade deve ter tido anais detalhados, com estação do ano, contexto climático, dia, hora, minutos, segundos, não é mesmo? Será que a língua enoquiana ou língua dos anjos lhe pode revelar tais mistérios? (L. C. Balreira).

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