PT agora critica “assassinatos e sequestros” cometidos pelo Hamas e também por Israel

Depois da repercussão, Gleisi Hoffmann nega que PT autorizou alianças com  PSDB e DEM - Blog do BG

Desta vez, Gleisi não quis assinar a nota oficial do partido

Deu em O Globo

O Partido dos Trabalhadores divulgou, em seu site, na tarde desta segunda-feira, uma nova nota oficial a respeito do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Ao contrário do primeiro texto, publicado no dia 7 de outubro, data do primeiro ataque da organização extremista, o Hamas é, desta vez, citado nominalmente pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O comunicado do PT, no entanto, recrimina em igual medida o próprio Estado de Israel. “Condenamos os assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, diz a nota, assinada pelo Diretório Nacional da sigla.

RELAÇÕES DO PT – O primeiro texto era chancelado por Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Romenio Pereira, secretário de Relações Internacionais da legenda. Nessa nova declaração, o partido frisa que mantém, historicamente, “relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina, sediada em Ramallah”. Desde que o conflito eclodiu, a oposição, sobretudo grupos bolsonaristas, vem tentando vincular o Hamas diretamente ao PT.

“O PT apoia, desde os anos 1980, a luta do povo palestino por sua soberania nacional, bem como a Resolução da ONU pela constituição de dois Estados Nacionais, o Estado da Palestina e o Estado de Israel, garantindo o direito à autodeterminação, soberania, autonomia e condições de desenvolvimento, com economia viável para a Palestina, buscando a convivência pacífica entre os dois povos”, pontua o texto.

O partido também aproveita o comunicado para parabenizar “os esforços compreendidos pelo governo brasileiro, sob a condução do presidente Lula”, na “repatriação rápida de brasileiros na região do conflito e pelo acesso à ajuda humanitária na região da Faixa de Gaza”.

APOIO NA ONU – “O PT manifesta apoio à atuação do Brasil, inclusive no Conselho de Segurança da ONU, em linha com a tradição diplomática brasileira, em prol de um cessar fogo e pelo cumprimento das resoluções da ONU”, prossegue.

“O PT alerta contra os riscos de uma escalada do conflito. O mundo não precisa de mais guerras. O mundo precisa de paz”, acrescenta a legenda. “O PT convoca sua militância a participar das atividades em defesa da paz, em defesa da solução dos dois Estados (Palestina e Israel) e em defesa dos direitos do povo palestino a uma vida pacífica e com soberania nacional”, conclui o texto.

Desde o primeiro ataque do Hamas em Israel, a oposição tem pressionado tanto Lula quanto o governo como um todo a recriminar com veemência a ofensiva do grupo. O estado brasileiro, contudo, segue a posição da ONU, que ainda não classifica o Hamas oficialmente como terrorista.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Depois da forte reação contra o apoio discreto do PT ao Hamas, o partido vai mudando a rota e agora tenta comparar os atos de Israel aos atos do Hamas, porém não há possibilidade de comparação entre procedimentos tão desiguais, desculpem aa franqueza. Quanto a Gleisi Hoffmann, ela tem sobrenome judaico e comportamento prosaico. (C.N.)

PT cessa todos os ataques a Campos Neto após a conversa dele com Lula e Haddad

Campos Neto nem acredita na mudança que está havendo

José Carlos Werneck

O início da trajetória de queda dos juros e o encontro do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em setembro, estancaram a fúria desenfreada do PT contra o responsável pela autoridade monetária.

Desde a reunião, com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o PT não mais publicou em seu site nenhuma nota ou editorial crítico ao presidente do BC. Durante todo o mês de setembro, foram apenas três ataques ao presidente do BC.

ARREFECIMENTO – No auge das críticas, ocorrido no mês de maio, foram 20 textos atacando Campos Neto, mesmo patamar de março. Desde então, houve uma redução gradual na agressividade, com 19 em junho, 10 em julho e 6 em agosto.[CN1] 

O PT chegou a chamar Campos Neto de “lacaio” e “capacho” do sistema financeiro, além de compará-lo aos golpistas de 8 de janeiro.

Como se vê, as coisas mudam. Felizmente, neste caso para melhor, provocando total desespero nos esquerdistas de plantão. E já podemos constatar que a pauta econômica do governo Lula vem ao encontro dos anseios dos aplicadores do mercado financeiro, tanto dos que investem em renda fixa e na Bolsa de Valores, que continuam oferecendo muitas oportunidades para os mais diferentes perfis.

UMA CONSTATAÇÃO – Ninguém gosta de miséria, exceto os pseudos intelectuais de esquerda, que continuam dando vazão a seus complexos e frustrações e esbravejando contra tudo e contra todos.

Para desgosto da chamada esquerda festiva, felizmente o Brasil não virou nem vai virar Venezuela, Nicarágua ou Cuba, países cujos governos agradam ao PT.

E viva o capitalismo! Apesar de todos os seus enormes defeitos, é claro.

DESDE ONTEM, ESTAMOS TENDO PROBLEMAS COM O BLOG.

Expresso a la Castro: Charges: Diga não à censura na internet!

Charge do Jota (Arquivo Google)

Carlos Newton

Pedimos desculpas aos amigos e amigas que nos acompanham, porque desde  a noite do domingo ficamos impedidos de atualizar o blog, moderar comentários, corrigir erros etc. Ou seja, havia dificuldade de acesso para leitura e impossibilidade de acesso para edição.

E vamos em frente, sempre juntos, e de ânimo redrobrado. (C.N.)

“Há 4 anos, sinto que a Polícia Federal vai entrar na minha casa”, diz Carlos Bolsonaro

ENTREVISTA - Carlos Bolsonaro conversou por quase duas horas com Bárbara Destefani, dona do podcast, e que também está na mira do STF

Carlos Bolsonaro diz que se considera um perseguido político

Ricardo Chapola
Veja

Filho Zero Dois do ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em uma rara entrevista, afirmou que convive com o incômodo de que vai ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) há pelo menos quatro anos. Criticou o Poder Judiciário sem citar nomes, sugeriu que a Justiça tem a intenção de atingir seu pai e disse que o Brasil vive hoje uma “democracia relativa”.

Carlos conversou por cerca de duas horas com Bárbara Destefani, influenciadora, dona do “PodAtualizar”, alvo do inquérito das fake news junto com o vereador e que chegou a ter as redes retiradas do ar por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. O nome do ministro não foi citado ao longo do bate-papo.

À ESPERA DA PF – “A sensação que eu tenho é que a PF vai entrar na minha casa há quatro anos. Por quê? Confesso que não sei. Mas nada impede que isso aconteça. É uma guerra psicológica que fazem conosco. Todo dia a gente pensa: caramba, será que a PF vem na minha casa hoje? Não tem como não ficar incomodado com isso, né?”, afirmou Carlos, ao responder uma pergunta sobre a perseguição à família Bolsonaro.

O vereador falou sobre as investigações da polícia e da justiça. Citou especificamente o inquérito dos atos de 8 de janeiro, no qual as suspeitas são de que Jair Bolsonaro teria estimulado manifestantes a invadir a Praça dos Três Poderes, como parte de um roteiro de um suposto golpe.

Para o Zero Dois, o Supremo tem um objetivo claro: pegar Jair Bolsonaro, a quem, em diversos momentos da entrevista, o filho chama de “ídolo”.

ACESSO AOS INQUÉRITOS – “É inacreditável como a gente não tem acesso aos inquéritos, para entender o que está acontecendo. Não faço a mínima ideia de em quantos fui citado. Eu sei que o cerco vai se fechando, né? Onde isso vai dar? Ninguém sabe”, disse Carlos.

No entendimento do vereador, o Brasil vive “uma democracia relativa”, na medida em que integrantes da direita receberiam tratamentos diferentes na justiça em relação a quem apoia a esquerda. 

“A gente tem que enfrentar o problema de cabeça erguida, ou estaremos fadados ao que querem que a gente seja: gados. Você acha que, se tivesse algo contra mim, já não teriam partido para cima, para atingir o alvo maior que eles querem?”, questionou.

GABINETE DO ÓDIO – Em um dos inquéritos do STF, Carlos Bolsonaro é apontado como o principal nome do que ficou conhecido como “gabinete do ódio” – uma estrutura teoricamente organizada, voltada à produção e difusão de notícias falsas durante a gestão de Jair Bolsonaro na Presidência. Bárbara, de acordo com as investigações, também faria parte desse grupo.

Os dois abordam esse tema durante a entrevista e ironizaram a acusação. Ambos sustentam que se trata de um movimento orgânico.

Questionado sobre ameaças, o Zero Dois relatou um suposto ataque a seu gabinete no Rio em agosto. Segundo o vereador, o vândalo teria se identificado como um petista e eleitor de Lula, mas foi solto em seguida. “Recebo ameaças 24 horas por dia. Há dois meses, meu gabinete foi depredado. Se eu estivesse lá, acredito que poderia acontecer alguma coisa ruim. Jogaram pedras de fora para dentro. Mas dizem que é só mais um maluco na história”, complementou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGÉ muito difícil dormir com essa sensação. Haja Rivotril e Lexotan para enfrentar a realidade de achar que está devendo alguma coisa à Justiça. (C.N.)

‘Não percam a fé’, dizia Braga Netto aos acampados, incentivando a reação deles

Acampado em Brasília, prefeito de MT revela encontro com Braga Netto: "A coisa vai funcionar" | Power Mix

Bolsonaro afirmava aos acampados que algo iria acontcecer…

Marcela Mattos
Veja

Uma declaração do general Braga Netto, em 18 de novembro do ano passado, é considerada pela Polícia Federal como um dos indícios de que o ex-ministro de Jair Bolsonaro participou ou, no mínimo, teve conhecimento de um suposto roteiro golpista para reverter o resultado das eleições de 2022.

A um grupo de apoiadores do ex-presidente que estava no cercadinho do Palácio da Alvorada e reclamava de estar tomando chuva enquanto cobrava providências da Justiça Eleitoral, Braga Netto profetizou: “Não percam a fé. É só o que eu posso falar para vocês agora”.

ENCONTRAR FRAUDE – À época, Bolsonaro não tinha reconhecido a vitória de Lula e mantinha-se trancado no Alvorada, reunindo-se somente com seu núcleo duro e militares do Alto Comando. De acordo com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o grupo buscava, naquele momento, encontrar uma fraude na eleição e, assim, contestar o resultado.

Alvo de investigações do Congresso e da Polícia Federal, Braga Netto já tem engatilhada uma explicação para a declaração. A interlocutores, ele minimiza qualquer vinculação golpista e afirma que estava apenas se referindo a uma solução jurídica.

Quatro dias depois da fala, o PL ingressou na Justiça Eleitoral solicitando a verificação do resultado eleitoral e a invalidação de mais de 250 mil urnas, sob o argumento de mau funcionamento do sistema. A proposta foi sumariamente rejeitada pelo ministro Alexandre de Moraes.

NAS QUATRO LINHAS – Interlocutores de Braga Netto afirmam que, ao fim das eleições, nada foi discutido “fora das quatro linhas” e que eventuais contestações ao resultado eleitoral se embasaram sobre as previsões constitucionais.

Eles constataram, por exemplo, que apenas em relação ao tão citado artigo 142, que trata sobre a garantia da lei e da ordem pelos militares, há mais de 17 mil estudos acadêmicos – o que mostra, segundo essa tese, que a simples discussão do tema não se enquadraria em um golpe.

Essas seriam algumas das declarações que Braga Netto se preparava para apresentar à CPMI do 8 de janeiro. Ele foi alvo de cinco requerimentos de convocação, chegou a ter três datas de oitiva agendadas e o comando do Exército foi acionado para eventualmente auxiliar na ida do general da reserva. No entanto, as audiências acabaram canceladas – e uma guerra de versões nos bastidores da comissão foi travada para dar uma justificativa.

ACORDO DE BLINDAGEM – Espalha-se que houve uma espécie de acordão entre a base e a oposição na CPI, fazendo uma blindagem dupla a Braga Netto e ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Também é dito que os bolsonaristas pediram para que o general, provável candidato a prefeito do Rio de Janeiro no ano que vem, fosse protegido e, em troca, o ex-ministro Augusto Heleno seria jogado aos leões.

Há, ainda, a versão de que é tudo responsabilidade do presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), que fez um jogo com a oposição, enquanto um outro deputado baiano, o líder do PSD Antônio Brito, negociava uma pacificação com a relatora.

Apesar das blindagens, Braga Netto fez um planejamento de guerra para dar seus esclarecimentos aos parlamentares. Ele reuniu seu núcleo duro, debruçou-se sobre os principais detalhes das investigações sobre o suposto plano golpista e esmiuçou tudo o que se refere à colaboração do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Membros da CP I dão como certo que ele será alvo dos pedidos de indiciamento que constarão no relatório feito pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O parecer será apresentado na próxima terça-feira, 17.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O site Metrópoles colocou uma equipe de reportagem de plantão, diante da central da campanha de Bolsonaro, onde Braga Netto recebia os bolsonaristas acampados. Quando eles saiam, eram entrevistados e repetiam as palavras de incentivo que o general lhes dissera, recomendando que não saíssem do acampamento. Foi por isso que eu escrevi aqui na Tribuna que Bolsonaro nem precisou incentivar o golpe, pois o próprio Braga Netto se encarregou de fazê-lo. (C.N.)

Selvageria do Hamas é sinal de um novo mundo multipolar, brutal e imprevisível

Terroristas do Hamas aproveitam-se de um mundo sem uma potência dominante, em sinal mais recente do fim da era da "pax americana"

Hamas aproveita-se da falta de uma potência dominante

William Waack
Estadão

A selvageria do Hamas é um sinal apropriado para esse mundo novo, mais brutal e imprevisível. Que já chegou: o mundo multipolar no sentido atual da expressão, ou seja, um mundo sem uma potência hegemônica. Esse mundo novo encerra 70 anos do que os historiadores já chamam de “longa paz”.

Nesse novo período, a Rússia iniciou a maior guerra na Europa desde a última conflagração mundial. A China se prepara para abocanhar Taiwan. E na percebida ausência (ou decadência) de uma potência dominante, uma série de líderes e grupos armados regionais considera que o momento favorece ações agressivas, cujos benefícios superariam os riscos.

TÁTICA DO HAMAS – É claramente o que fez o Hamas. Esse grupo terrorista integra um “arco de resistência” formado por países e grupos religiosos muitas vezes inimigos entre si, mas dedicados a diminuir ou eliminar a capacidade dos Estados Unidos de projetar poder no Oriente Médio ampliado.

As imagens do formidável porta-aviões Gerald R. Ford rumo ao mediterrâneo oriental depois dos ataques do Hamas são significativas. O que consegue uma “strike force” dessa magnitude quando os dilemas estratégicos na super potência nessa região nunca foram resolvidos?

Ao contrário, os americanos pagam até hoje o preço da estúpida decisão de 2003 de invadir o Iraque. E de não saber o que fazer durante a larga desintegração do mundo árabe na sequência de eventos de 2011 — a não ser manifestar o cansaço de ser “polícia do mundo”.

A REBOQUE DE ISRAEL – Sucessivas administrações americanas foram a reboque de Israel na marcha de décadas para dentro de um dilema fundamental. Ao abocanhar a totalidade dos territórios árabes e suas populações no lado ocidental do Rio Jordão, como vem fazendo, Israel ou deixa de ser um estado judeu ou deixa de ser um estado democrático — alerta que o próprio serviço secreto interno israelense já fazia em 1998.

Nesse sentido, o que a carnificina injustificável praticada pelo Hamas expõe vai além da complexidade do conflito árabe-israelense. Um dos objetivos dos terroristas é torpedear os acordos de Abraham, a tal “normalização” das relações de Israel com vários países do Oriente Médio ampliado que incluiria até a Arábia Saudita.

IMPOR SOLUÇÃO – Trata-se, portanto, de quem é capaz de impor qual tipo de “solução” não apenas para o conflito mais antigo da atualidade. Mas, sobretudo, com quais alianças regionais associadas a quais “potências de fora”.

Nos últimos vinte anos execrou-se o excepcionalismo americano, também pela assessoria internacional do governo brasileiro, a mesma que exalta a “dimensão internacional” da atuação do Hamas. À espera do “mundo multipolar”. Que está aí, para cada um apreciar como quiser.

FMI não engole a espetaculosa promessa de Haddad sobre o déficit zero em 2024

Notícias sobre Déficit | VEJA

Charge do JCaesar (Veja)

Elio Gaspari
Folha/O Globo

O ministro Fernando Haddad reitera sua espetaculosa promessa de déficit zero nas contas públicas de 2024. O FMI louva a gestão de Haddad, mas não confia na meta e diz que o déficit ficará em 0,2% do PIB. Já o Banco Central não faz previsão, mas constata que a meta só será atingida se forem tomadas medidas adicionais para aumentar a arrecadação no equivalente a 1,7 % do PIB. Como? Não se sabe.

As medidas tomadas até agora para engordar a arrecadação estão em 0,8% do PIB, com uma pequena queda em relação aos dois anos anteriores.

Essa sucessão de estatísticas serve apenas para prenunciar o aparecimento de bodes expiatórios para explicar que uma promessa irreal, irreal era.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Realmente, ninguém pode engolir essa promessa vã do ministro da Fazenda. O mais intrigante é que os números da economia são díspares entre si. Prevê-se alto crescimento do PIB este ano, embora a receita federal esteja em queda. A arrecadação do governo federal caiu 4,14% em termos reais (considerada a inflação) em agosto de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022. A receita foi de R$ 172,3 bilhões. Foi o terceiro mês consecutivo de queda nos ganhos tributários do governo na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Vamos aguardar o resultado de setembro, para ver se houve recuperação que possa assegurar crescimento do PIB em até 3%, como andam prevendo. (C.N.)

Até quando milhões de pessoas poderiam resistir sem água e sem alimentos ?

“Falta água para duas milhões de pessoas em Gaza”, alerta ONU

Pedro do Coutto

Até quando milhões de pessoas sufocadas na Faixa de Gaza poderiam resistir sem água, sem alimentos e sem esperança ?  Essa é a pergunta que se coloca neste momento diante da falta de uma saída para a guerra desencadeada pelo Hamas no sábado, dia 7 de outubro. O tema volta-se agora para um caso colossal de sobrevivência humana, uma catástrofe otimamente focalizada por  Dorrit Harazim, O Globo, e Igor Gielow na Folha de S. Paulo, edições deste domingo.  

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a ofensiva por terra, água e ar à Gaza, acentuando, no entanto, que a luta será longa. Logo, a afirmação contém a perspectiva de um embate corpo a corpo nos túneis do terror que o Hamas construiu em Gaza. O fator tempo é essencial para a questão, pois o deslocamento dos habitantes da Faixa de Gaza do Norte para o Sul está sendo alvo de bombardeios israelenses.

RETIRADA – O Brasil em meio aos esforços do presidente Lula junto ao governo do Egito, encontra dificuldades para retirar um grupo de 28 brasileiros e brasileiras através da fronteira por esse país que coloca obstáculos na base do temor de que a saída possa ser utilizada também por terroristas palestinos. O Brasil já conseguiu repatriar setecentas e uma pessoas. Todos salvos pela diplomacia e pelos aviões da FAB. Mas até o momento em que escrevo, o impasse com o Egito não foi ainda superado.

Dorrit Harazim, num belo artigo no O Globo, aprofunda a análise da questão, incluindo suas raízes e ardis. Um desses ardis, que levaram à reação de Israel contra os assassinatos, foi o de conduzir aquele país à invasão terrestre que pode significar centenas de milhares de mortes, inclusive em sua grande maioria de inocentes.

TEMOR – Harazim responsabiliza o Hamas pelo início desta nova situação, mas reconhece que  conseguiram colocar uma armadilha humanista à frente da movimentação militar de Israel, até porque a ordem para que a população se desloque para o Sul é acompanhada de seguidos bombardeios. Os que se movimentam nas areias do terror têm que temer sobretudo o despejo de bombas em sua caminhada.

Os Estados Unidos ancoraram dois porta-aviões próximos ao Mar do Egito. O apoio americano pode significar, como analistas disseram, um aviso ao Hezbollah na fronteira Norte de Israel com o Líbano para que não se intrometa no conflito. Mas, a cada momento a internacionalização da guerra parece inevitável. A falta de saída significa um aprisionamento na própria tragédia tornando-a ainda maior.

TSE julga ações contra Lula e Bolsonaro que a Procuradoria considera inválidas

Corregedor do TSE nega pedido de Bolsonaro para retirar minuta de  investigação

Benedito desprezou parecer e quer condenar Bolsonaro

Levy Teles
Estadão

Ao mesmo tempo em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua o julgamento de três ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta semana, a Corte analisará duas ações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A coligação da campanha de Bolsonaro moveu ambos os casos contra o atual chefe do Executivo. Em caso de condenação, Lula poderia ter o mandato cassado e ficar inelegível por oito anos, assim como aconteceu com Bolsonaro em junho. Todas essas matérias estão na pauta desta terça-feira, 17.

O corregedor-eleitoral, Benedito Gonçalves,cé o relator de todas as ações contra Bolsonaro e Lula na pauta do TSE desta terça-feira.

ABUSO DE PODER – No primeiro caso contra Lula, os autores afirmam que a campanha petista cometeu abuso de poder econômico e dos meios de comunicação. A alegação é que, ao pesquisar palavras-chave como “Lula corrupção PT”, “Lula corrupto”, “Lula Lava Jato”, entre outros, em buscadores na internet, um anúncio pago pela campanha que falava de sua inocência e de uma perseguição ao atual presidente era o primeiro resultado na busca.

De acordo com a campanha de Bolsonaro, a estratégia “tinha a intenção de ocultar/falsear a verdade” e que só seria possível saber sobre as condenações sofridas por Lula na segunda página de pesquisas, “devido ao especial número de outras matérias que se antepunham à sua busca”.

Na segunda ação, a coligação de Bolsonaro argumenta que Lula teria cometido a prática do uso indevido dos meios de comunicação, ao fazer propaganda eleitoral irregular no dia do primeiro turno, 2 de outubro, e contou com o apoio de uma das principais emissoras de TV do Brasil para isso.

PROCURADORIA REJEITA – Em ambos os casos contra Lula, a Procuradoria-Geral Eleitoral ofereceu parecer em que julga a improcedência do pedido — o mesmo acontece com as três ações contra Bolsonaro. Benedito Gonçalves, o corregedor-geral eleitoral, é o relator de todas elas.

Por ser um braço do Ministério Público Federal (MPF), mesmo sem ser autora do processo, a Procuradoria Eleitoral se manifesta nas ações de investigação judicial eleitoral, opinando pela procedência ou pela improcedência dos pedidos.

O julgamento das ações contra Bolsonaro começou na última terça-feira, 10, com a leitura do relatório de Benedito Gonçalves, a apresentação dos argumentos da acusação e da defesa e a manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral. O julgamento será retomado na próxima terça-feira com o voto do relator.

INELEGIBILIDADE – Duas ações foram propostas pelo PDT e são assinadas pelo advogado Walber Agra, que foi à tribuna do TSE defender a inelegibilidade de Bolsonaro. Essas ações são sobre as lives feitas pelo ex-presidente nos dias 18 de agosto e 21 de setembro de 2022. A sigla argumentou que Bolsonaro teria usado as estruturas do poder público para pedir votos para ele mesmo e para apoiadores.

A live de agosto, por exemplo, foi feita dentro do Palácio do Planalto. No final dela, o ex-presidente pediu voto para correligionários e chegou a mostrar os santinhos deles. O PDT conseguiu uma liminar do TSE para que a live de setembro fosse retirada do ar.

A terceira ação que vai a julgamento nesta terça é de autoria da coligação do PT e foi assinada, na época, pelo então advogado e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin. O alvo são encontros que Bolsonaro fez nos dias 3, 4 e 6 de outubro de 2022 com governadores e artistas no Palácio do Alvorada para demonstrar apoio e pedir votos.

JÁ É INELEGÍVEL – Em junho deste ano, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, pelo placar de 5 a 2, após ele ser considerado culpado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em razão de uma reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

Em setembro, a Corte rejeitou um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente manteve sua inelegibilidade até 2030. Neste caso, a derrota de Bolsonaro se deu por sete votos a zero.

Depois disso, Bolsonaro entrou com novo recurso, agora no Supremo Tribunal Federal (STF), que não costuma derrubar decisões tomadas pelo plenário do TSE.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
As acusações são frágeis, tanto no que se refere a Bolsonaro quanto a Lula. O mais correto seria absolvê-los, mas o relator já pediu a condenação de Bolsonaro nos três processos. Como diz a velha piada política referente a Benedito Valadares, governador de Minas na ditadura de Vargas durante 12 anos, “será o Benedito?”. (C.N.)

“Escrevo uma vez mais um poema… Ou outra vez mais outro lamento”

André Luiz Schossland - Desenhista projetista - Free lancer | LinkedIn

Schossland, um poeta  inspirado

Paulo Peres
Poemas & Canções

Autor de 195 poemas, o projetista e poeta André Luiz Schossland (1973-2021), nascido em Joinville (SC), no poema “Surdina”, expressa o que escreveu sobre momentos, sentimentos, caminhos e pessoas durante a vida.

SURDINA…
André Luiz Schossland

Escrevi tanta coisa
Nesta vida…
Foram tantos versos

Falei sobre o dia… Falei sobre a noite
Povoei-me de dores, mas também
Sem querer, falei de amores…

Fiz paralelos, trilhei por caminhos
Que nem mesmo conheci, mas também
Foram tantos que com certeza vivi.

Falei de meu pai,
Construí versos para meu irmão
Lembrei-me de meu filho,
Mas não consegui nem mesmo
Escrever versos para minha mãe.

Foram tantos versos sobre amor,
Solidão, foram lágrimas, foram choros
Foram por certo incontidas as investidas,
Mas já estão cansadas minhas pálpebras
Na surdina desta noite que suporto…

Escrevo uma vez mais um poema…
Ou outra vez mais outro lamento?

Gilmar e Barroso deviam botar na cabeça que o golpe foi evitado pelos militares

AO VIVO: Gilmar Mendes 'fala demais' (veja o vídeo)

Gilmar Mendes arrasou com sua reconstrução facial

Carlos Newton

Algumas vezes, o jornalista de política mais parece um cronista social. Quer falar sobre os importantes assuntos na pauta do Supremo Tribunal Federal, mas sabe que naqueles luxuosos palácios –  (a sede e o anexo II) – o que mais se comenta hoje não são os processos, mas a fabulosa reconstrução facial a que se submeteu Gilmar Mendes e a discreta peruca attaché que o novo presidente Luís Roberto Barroso passou a usar.

Em sociedade tudo se sabe, dizia Ibrahim Sued, e os ministros do Supremo se tornaram mais vaidosos desde que entrou no ar a TV Justiça, uma inovação mundial, que transformou os integrantes da corte numa espécie de atores de uma novela jurídica que não tem mais fim e que justifica esses recursos estéticos.

Barroso liga para Pacheco para se explicar

A peruca discreta rejuvenesceu Barroso

ESTÁ NA MODA – O fato concreto é que a peruca está na moda no Supremo a partir da posse de Luiz Fux, que sempre usou, desde os tempos de juiz, e recentemente adotou um modelo grisalho. Na atual composição, temos também Barros Nunes e André Mendonça, que disseram ter feito implantes, mas usam peruca, mesmo.

Quem fez implante foi Dias Toffoli, mas sua genética é perversa e ele está cada vez mais calvo, assim como Gilmar Mendes e Edson Fachin, mas deles nenhum chega aos pés de Alexandre de Moraes, que usava peruca quando jovem, depois desistiu.

E agora, com a entrada de Cristiano Zanin, já pertinho da calvície, constata-se que ser careca é um dos principais pré-requisitos para ministro, o que deixa de fora o mais famoso advogado de Brasília, o milionário franco-brasileiro Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que não tem a menor chance de ser indicado.

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P.S. 1 –
Nada tenho contra os carecas. Aliás, estou quase chegando lá. Sinto um frio enorme no telheiro, e no inverno uso uma boina tipo Che Guevara, fico mais jovem e revolucionário. De toda forma, realmente seria interessante que os ministros do Supremo tivessem alguma coisa na cabeça, respeitassem as leis e suas limitações no equilíbrio dos Poderes.

P.S. 2 – Assim, quando vejo Gilmar e Barroso se jactando de que o Supremo elegeu Lula e manteve a democracia no Brasil, fico surpreso e estarrecido. Não sei como eles podem ficar dizendo essas lorotas, se até os porteiros do STF sabem que o tal golpe de Estado foi impedido pelos militares (leia-se: Alto Comando do Exército). É para eles, os milicos, que devemos tirar os chapéus, com peruca e tudo. O resto é folclore, como diz nosso amigo Sebastião Nery, que por acaso também é careca. (C.N.)

Lewandowski diz a Pacheco que apoia PEC que fixa um mandato para ministro do STF

Lewandowski prepara saída do STF com poder de opinar sobre sucessor | VEJA

Lewandowski saiu do STF,  mas continua como advogado

Igor Gadelha
Metrópoles

Recém-aposentado do STF, Ricardo Lewandowski defendeu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC que institui mandato para ministros do Supremo. Os dois conversaram sobre o assunto no decorrer de um fórum internacional em Paris, durante o fim de semana. O evento foi promovido pelo grupo empresarial Esfera Brasil.

Em uma conversa reservada, Lewandowski sugeriu a Pacheco que a PEC seja debatida por um grupo de trabalho, como o criado para discutir a revisão da Lei do Impeachment.

Aposentado compulsoriamente do STF desde abril, após completar 75 anos de idade, Lewandowski defende prazo entre 10 e 12 anos para mandato de ministros da Corte.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Parece Piada do Ano! Ricardo Lewandowski ficou como ministro do Supremo até completar 75 anos, quando poderia ter se aposentado muito antes, e agora defende mandato de 10 ou 12 anos para os novos ministros a serem empossados. Com isso, Lewandowski desagradou grandes amigos, como Gilmar Mendes, que está lutando contra o mandato a ministros. Como ensina o ditado, nada como um dia atrás do outro… (C.N.)

Conflitos entre forças de Israel e Hezbollah se intensificam na fronteira com o Líbano

A bandeira palestina e a bandeira do Hezbollah balançam ao vento em um mastro enquanto as forças de manutenção da paz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) patrulham a área fronteiriça entre o Líbano e Israel na colina Hamames, na área de Khiyam, no sul do Líbano, em 13 de outubro , 2023. — Foto: Joseph EID / AFP

As bandeiras da Palestina e do Hezbollah tremulam juntas

Deu no g1

Os combatentes libaneses do Hezbollah lançaram ataques contra postos do exército israelense e uma vila na fronteira norte neste domingo (15). E Israel retaliou com ataques no Líbano.

Os disparos esporádicos na fronteira Israel-Líbano durante a semana passada levantaram preocupações de que os combates com militantes do Hamas em Gaza pudessem evoluir para um conflito mais amplo.

PRIMEIRAS VÍTIMAS – O ataque do Hezbollah a Shtula, uma comunidade agrícola israelense, matou uma pessoa e feriu outras três, disseram o grupo e médicos israelenses. O Hezbollah também disse que atacou quartéis em Hanita, em Israel, com mísseis guiados e disse que infligiu baixas “às fileiras inimigas”.

Os militares israelenses afirmaram ter conduzido ataques no Líbano em retaliação e declararam uma zona a 4 km da fronteira libanesa fora dos limites ao acesso público. Três fontes de segurança confirmaram à Reuters que a artilharia israelense atingiu diversas áreas no sul.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al Qassam, disse ter disparado 20 foguetes do Líbano contra dois assentamentos israelenses.

ESCALADA AUMENTA – A força de manutenção da paz das Nações Unidas, Unifil, disse que a sua sede no sul do Líbano foi atingida por um foguete, mas ninguém ficou ferido. A organização disse que estava trabalhando para determinar de onde veio o projétil.

“Continuamos a envolver-nos ativamente com as autoridades de ambos os lados, mas, lamentavelmente, apesar dos nossos esforços, a escalada militar continua”, afirmou a Unifil em comunicado.

O ministro da Defesa de Israel disse no domingo que Israel não tem interesse em travar uma guerra na sua frente norte. “Não queremos agravar a situação”, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant. “Se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço muito alto. Muito pesado. Mas se conter as agressões, respeitaremos isso e manteremos a situação como está.”

GRUPO RESPONDE – O Hezbollah disse que está pronto para lutar contra Israel e que não se deixará influenciar pelos apelos dos Estados árabes e de potências estrangeiras para que fique à margem.

Fontes dizem que o Hezbollah concebeu as suas ações até agora para serem de âmbito limitado, evitando uma grande repercussão no Líbano e mantendo as forças israelenses ocupadas.

Mas Israel pode lutar em duas ou mais frentes, dizem militares. O país está preparado, informou seu principal porta-voz militar neste domingo, assinalando que o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, está aumentando as tensões na fronteira com o Líbano para impedir uma ofensiva de Israel em Gaza.

Constatação! É melhor discutir o futuro do Brasil em Paris do que na Favela da Maré

Em Paris, Rodrigo Pacheco e Gilmar Mendes protagonizam embate sobre limites dos Três Poderes - Diplomacia Business

Gilmar, Dantas e Pacheco, mediados por William Waack

Vicente Limongi Netto

“Melhor ser infeliz em Paris”, dizia Sérgio Porto. “Como Paris é linda no outono”, vibra o jornalista Cláudio Magnavita. A capital francesa realmente é cenário ideal para fugir dos maníacos matando inocentes em Israel e Faixa de Gaza.

Também para esquecer das enchentes destruindo casas e desalojando moradores, no Paraná e Santa Catarina. Ou, ainda, para aliviar a secura da fumaça das queimadas que maltratam a saúde e o humor dos moradores de Manaus.

TAPETES E BANDEIROLAS – Nesse sentido, como ninguém é de ferro, o feriadão abriu passagem, com tapetes e bandeirolas, ao som de violinos, para acolher, em Paris, os notáveis e operosos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira.

Com a mesma pompa, o presidente do Supremo, ministro Luiz Roberto Barroso, com o agora amigo Gilmar Mendes, o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, e o governador do Pará, Helder Barbalho, entre outros felizes, premiados e garbosos cidadãos brasileiros, escalados para elegante e sacrificante regabofe do grupo Esfera.

Nota-se como a vida é bela. Para os mesmos.

DIA DO MESTRE – Tive bons professores. No jornalismo, nas escolas, em casa e na vida. Guardo eespeito e admiração por todos eles. Alguns deles estão no céu. Constatam que não erraram em acreditar em minhas virtudes.

A jornalista Ana Dubeux (Correio- Braziliense – 15/10) deposita todas suas esperanças nos professores. A seu ver, os mestres “são passaporte para o futuro”. Professores ganham prêmio Nobel em todas as categorias. São premiados com títulos de Honoris Causa, são eternizados em nomes de ruas, praças e avenidas. Professores são amigos e confidentes. Bons alunos amam os professores.

No Brasil, porém, geralmente são vítimas do descaso. São humilhados, insultados, ganham pouco. Nunca são valorizados como merecem. A gratidão e louvores de Ana Dubeux expressam bem a alegria da maioria das famílias: “A todos os que abraçaram esse ofício revolucionário, o nosso agradecimento e a nossa eterna homenagem. Sempre estaremos aqui para reforçar sua importância”.

Lula diz que não há obrigatoriedade de indicar mulher ou negro para Supremo

De olho no STF? Veja charges do Tacho sobre a Justiça - Entretenimento -  Jornal NH

Chsrge do Tacho (Jornal NH)

José Carlos Werneck

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que não pretende adotar o gênero ou a cor como critério para escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Perguntado sobre a indicação, disse ter “várias pessoas na mira” e que definição será feita “no momento certo”

“O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo de escolher uma pessoa que possa atender os interesses do Brasil. Uma pessoa que tenha respeito pela sociedade brasileira. Que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Sem precisar ficar votando pela imprensa. Já tem várias pessoas em mira. Não precisa perguntar questão de gênero ou de cor. No momento certo vão saber quem eu vou indicar”, ressaltou o presidente.

PROCURADORIA – Sobre a sucessão na Procuradoria-Geral da República, em que ele também precisa decidir um nome, disse que ainda está mantendo entendimentos. Por enquanto a procuradora Elizeta Maria de Paiva Ramos está ocupando interinamente o cargo.

“Vou escolher tudo no seu tempo. Estou ouvindo, conversando para tomar uma decisão”.

Lula tem sido cobrado por indicações de mulheres e negros para a Suprema Corte. A pressão aumentou após Lula demitir a ministra Ana Moser dos Esportes e reduzir o número de mulheres no primeiro escalão. Antes disso, indicou o advogado Cristiano Zanin para a vaga do ex-ministro Ricardo Lewandowski no Supremo.

UM GRANDE NOME – A hora das indicações está chegando, as pressões aumentam a cada dia e em Brasília se comenta que Lula já fez sua escolha.

Bem que ele poderia escolher alguém como Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da Justiça durante seu primeiro mandato e durante três meses do segundo, e que morreu em 20 de novembro de 2014, em São Paulo.

Márcio Thomaz Bastos, uma escolha pessoal de Lula, era um jurista brilhante, que honrou a Pasta por ele ocupada. Precisamos torcer muito para que o presidente acerte em suas indicações, tanto para o STF quanto para a PGR.

Israel atende aos apelos e restabelece serviço de água ao sul da Faixa de Gaza

Palestinos enchem recipientes com água potável de um veículo de distribuição de água, em meio à crise hídrica causada pelo cerco israelense à Faixa de Gaza

Caminhões-pipas levaram água aos moradores palestinos

Jessica Bernardo
Metrópoles

O Ministro da Energia e Infraestruturas israelense, Israel Katz, anunciou neste domingo (15/10) que o governo voltará a fornecer água para o sul da Faixa de Gaza. Desde 9 de outubro, o serviço estava totalmente interrompido na região. A mudança de postura se deu após acordo entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“A decisão de abrir as águas ao sul da Faixa de Gaza, acordada entre o primeiro-ministro Netanyahu e o presidente Biden, resultará no deslocamento da população civil para o sul da Faixa de Gaza e permitirá reforçar o cerco geral em Gaza nas áreas de eletricidade, água e combustível”, escreveu Katz na rede social X, antigo Twitter.

DESTRUIR O HAMAS – Para ele, a ação facilitará a operação das forças de segurança israelenses no sentido de “destruir a infraestrutura do Hamas” durante o conflito no Oriente Médio.

O corte de água, eletricidade e combustíveis a palestinos foi criticado por integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), que lembraram o risco do aumento da propagação de doenças entre a população forçada a usar água suja.

Nesse sábado (14/10), a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) publicou nota pedindo que o fornecimento de combustível fosse restabelecido para disponibilizar água aos cidadãos.

VIDA OU MORTE – “Tornou-se uma questão de vida ou morte. É obrigatório. É necessário entregar agora combustível a Gaza, para disponibilizar água a 2 milhões de pessoas”, afirmou Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA.

A agência calcula que 650 mil pessoas tenham sido afetadas pela escassez de água potável na região.

No mesmo dia, o ministro de Energia e Infraestruturas compartilhou imagens de satélite que mostram o apagão provocado em Gaza após o corte de energia.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O presidente americano entrou na questão em boa hora. Matar de sede e de fome é até mais cruel do que dar um tiro. Surge uma tênue esperança de paz, mas muito tênue, mesmo. (C.N.)

Lula ainda busca fórmula para lidar com aplicativos e o novo mundo do trabalho

Yahoo Noticias - Taxistas, sejam realistas: alguma vez na história adiantou  ir na contramão das novas tecnologias? O que você, consumidor, pensa a  respeito disso tudo? Comente a charge do Alpino. #yahoobr |

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Bruno Boghossian
Folha

Lula tinha uma ideia fixa antes de sair de cena para a cirurgia no quadril. Nos dez dias que antecederam a operação, o presidente falou oito vezes sobre o que já chamou de “novo mundo do trabalho”. Afirmou estar incomodado com empregos precários e bateu na tecla da regulação dos aplicativos de entregas.

“Tem muita gente trabalhando em condições quase subumanas”, disse. “A gente não está naquela de exigir que tenha carteira profissional assinada se não quiser. […] O que a gente tem preocupação é garantir para ele um sistema de seguridade social, que, quando ele estiver numa situação difícil, tenha o Estado para dar um suporte de sobrevivência.”

UM MUNDO NOVO – O mundo do trabalho é hoje bem diferente daquele com que Lula conviveu até 2010. Ainda que uma política para o salário mínimo e o incentivo à abertura de vagas na construção civil tenham efeitos positivos, formuladores petistas reconhecem que o governo precisa encontrar soluções que representem uma atualização de sua plataforma.

A gestão de Lula ainda patina. Nas últimas semanas, o ministro do Trabalho lançou provocações aos aplicativos (propondo uma ideia incipiente de concorrência estatal e sugerindo que as empresas podem ir embora se quiserem) e retomou a pauta do financiamento de sindicatos.

Aliados do presidente admitem que os desafios são maiores e que faltam planos para enfrentar temas como a qualificação profissional para a economia verde e para setores dependentes de novas tecnologias.

ASSUNTO DELICADO – No caso dos aplicativos, o perigo é aborrecer uma parcela de trabalhadores que temem perder autonomia e rejeitam o controle do governo.

O PT considera o assunto delicado porque sua relação política com a classe trabalhadora mudou depois de 2013.

Além das transformações nas relações entre patrão e empregado, a última década foi marcada por uma expansão de visões conservadoras sobre o papel do Estado, pelo enfraquecimento do movimento sindical e por uma perda de espaço do partido nas periferias.

Europa teme apoiar uma “limpeza étnica” dos palestinos, que Israel está ameaçando realizar

Isaac Herzog: Israel's new president is softly spoken veteran of  centre-left | Israel | The Guardian

Presidente de Israel diz que todos os palestinos são culpados

Nelson de Sá
Folha

O Financial Times noticia o “nervosismo” da União Europeia com a chegada da alemã Ursula von der Leyen no momento do ultimato de Israel aos palestinos: “A preocupação é que a presidente da Comissão Europeia pareça estar apoiando ações que causarão vítimas civis em massa — e que serão rotuladas como crimes de guerra”.

“Nós podemos estar prestes a assistir a uma limpeza étnica massiva”, afirma uma autoridade da UE a Gideon Rachman, do FT. “A UE já deveria ter se alinhado aos apelos do secretário-geral da ONU para que Israel respeite o direito humanitário internacional”, fala outra.

PREÇO ELEVADO – O problema é a Europa ser prejudicada por isso. “As autoridades europeias dizem que estão se focando na resposta fora do Ocidente. ‘Nosso receio é que paguemos um preço elevado no Sul Global por causa deste conflito’, afirma uma autoridade da UE.”

Ecoa pela plataforma X a resposta do presidente israelense Isaac Herzog a uma pergunta da rede britânica ITV: “O que Israel pode fazer para aliviar o impacto deste conflito sobre dois milhões de civis, muitos dos quais não têm nada a ver com o Hamas?”

“É uma nação inteira que é responsável. Não é verdade essa retórica sobre os civis não estarem conscientes, não estarem envolvidos. Não é verdade, absolutamente. Eles poderiam ter-se levantado, poderiam ter lutado contra aquele regime maligno que tomou o controle de Gaza.”

“SÃO NAZISTAS” – Em seguida, também a CNN cobrou resposta, sem conseguir. A rede americana enfatizou que “a punição coletiva de uma população civil equivale a um crime de guerra”.

A britânica Sky News já havia questionado um ex-primeiro-ministro: “E aqueles palestinos no hospital, bebês cujo suporte de vida terá de ser desligado porque os israelenses cortaram a energia?”

“Você está falando sério, continua me perguntando sobre os civis palestinos? O que há de errado com você? Você não viu o que aconteceu? Estamos lutando contra nazistas” – foi a resposta.

Após atritos com Congresso, o Supremo agora deve se desgastar com o governo

Conhecimento além da sala de aula: OAB defenderá, no STF, regra que obriga  cartório a aceitar casamento gay

Charge do Nani (nanihumor.com)

Danielle Brant
Folha

Depois de ser alvo de uma ofensiva do Congresso nas últimas semanas, o STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para se desgastar com o Executivo por causa da retomada do julgamento sobre a revisão da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), marcada para esta quarta-feira, dia 18.

A ADI (ação direta de inconstitucionalidade) apresentada pelo Solidariedade questiona a atual correção do saldo das contas do fundo —TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano. O partido afirma que a fórmula prejudica o patrimônio do trabalhador por não repor perdas inflacionárias.

REMUNERAÇÕES – A caderneta é remunerada em 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial) se a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano. Se o juro básico for menor que esse patamar, rende 70% da Selic mais a TR. Para depósitos até 3 de maio de 2012, a remuneração é de 0,5% ao mês mais TR.

Em apresentação de agosto que acompanha memorial da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a ação, a Caixa Econômica Federal argumenta que, caso o FGTS passe a remunerar as contas vinculadas pela poupança, “haverá a inversão da lógica da gestão do Fundo”.

Alega a Caixa que o Fundo passará a privilegiar a rentabilidade ao invés da promoção da aplicação nas áreas prioritárias de desenvolvimento da infraestrutura, do saneamento básico e da moradia de interesse social.”

DIZ O MINISTÉRIO – Segundo estimativas do Ministério das Cidades validadas pela Caixa, se o FGTS deixar de cumprir esse papel, o custo para os cofres públicos seria de aproximadamente R$ 17 bilhões ao ano.

A pasta afirma que o fundo perderia “capacidade de financiar o público de menor renda, maioria dos cotistas, deixando-o sem alternativa de crédito para a aquisição da moradia própria.”

Nos bastidores, Barroso argumenta que, para minimizar o impacto sobre a política habitacional, o governo poderia estudar novas fontes de financiamento ao setor sem precisar prejudicar recursos do trabalhador.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É tudo conversa fiada. O dinheiro do FGTS pertence ao trabalhador e não é justo que o receba corroído pela inflação. E a mudança não vai prejudicar a política da casa própria. Pelo contrário, haverá muito mais recursos para distribuir em financiamento. Continuar o sistema atual é a mesmo coisa que assaltar o trabalhador na fila do ônibus. (C.N.)

Israel pode dar mais prazo para o deslocamento de palestinos, mas atenção máxima permanece

Vários países apelam para evitar um massacre generalizado

Pedro do Coutto

Surgiram notícias na manhã deste sábado de que, atendendo a apelos formalizados por vários países, o governo de Israel poderá ampliar o prazo para que seja cumprido o seu ultimato ao deslocamento dos palestinos que vivem ao Norte de Gaza para o Sul da Faixa. Mas a atenção máxima permanece, sobretudo em relação ao posicionamento do Egito quanto à abertura de uma rota de saída através de seu país para que as populações ameaçadas possam sair de Gaza.

Brasileiros que saíram da área Norte buscando retorno ao nosso país pelo território egípcio estão vivendo uma atmosfera de temor e incerteza, pois é possível que forças israelenses atuem para bloquear a rota para a liberdade.

CUIDADO – A situação exige um cuidado absoluto nos entendimentos entre as autoridades, já que a rota de saída pelo Egito pode motivar parcelas muito grandes da população que, como é natural, encontram-se sensivelmente pressionadas pelas circunstâncias, principalmente em relação aos prováveis combates na Faixa de Gaza quando a invasão terrestre israelense se consumar.  

Uma situação, portanto, aterrorizante está sendo acompanhada pelo mundo inteiro na busca por uma possível saída, evitando-se um massacre generalizado que inevitavelmente atingirá centenas de milhares de seres humanos que nada tem a ver com o Hamas, mas que poderão sofrer as consequências pelos ataques terroristas no fim da semana passado ao Estado de Israel. O problema é gravíssimo.

APOIO – O primeiro-ministro Netanyahu tem o apoio da oposição para um ataque. Mas é preciso considerar o pensamento da população de Israel de modo geral e também a opinião pública universal, já que o conflito envolve quase que diretamente todos os países, entre eles as grandes potências.

O Conselho de Segurança da ONU, presidido este mês pelo Brasil, não chegou a um consenso sobre a saída da crise. O aspecto humanitário não foi suficiente para se sobrepor a realidade da guerra. Com isso, todos os humanistas deploram a falta de uma solução viável e, sobretudo, humana. A morte de inocentes de todos os lados é um trauma incrível.